Miami (EUA) - De volta às quartas de final do WTA 1000 de Miami depois de um ano, Naomi Osaka acredita que o cenário atual é bem diferente do encontrado na temporada passada. Há um ano, a japonesa defendia uma invencibilidade de 23 jogos e ainda postulava a liderança do ranking. Agora, ocupando apenas o 77º lugar, e retomando a rotina de competições aos poucos, Osaka tenta evitar a pressão e pensar em um jogo de cada vez.
"Sempre tem algo passando pela minha cabeça. No ano havia a sequência de vitórias, e querer ser a número 1 de novo, querer ganhar o torneio... Se hoje eu pensar sobre isso, não parece muito importante, mas como na época era muito pesado na minha cabeça. Este ano, estou pensando rodada a rodada e estou feliz por estar saudável. Felizmente, nunca precisei fazer nenhuma cirurgia importante na minha carreira até agora, então isso é bom", comentou Osaka, durante entrevista coletiva nesta segunda-feira.
Osaka volta a atuar nesta terça-feira às 20h (de Brasília) contra a norte-americana Danielle Collins, 11ª do ranking, e aposta uma tática agressiva. A japonesa venceu os dois duelos anteriores. "Eu já joguei contra a Collins antes. Eu acho que ela é uma adversária muito difícil. Ela está jogando muito bem e é muito agressiva. Sinto que preciso estar de alguma forma no controle o tempo todo. Não posso deixá-la me pressionar. Tenho certeza que Wim vai me trazer todo tipo de análise e estatísticas dela, mas agora meu instinto de pensar sobre a partida é apenas ser o mais agressiva possível e, ao mesmo tempo, tentar colocar a bola em quadra".
Ainda sem perder sets em Miami, Osaka estava sem jogar desde a última quinta-feira, por conta da desistência de Karolina Muchova na terceira rodada. Antes disso, havia passado por Astra Sharma e pela também ex-líder do ranking Angelique Kerber. A japonesa comemorou a vitória desta segunda-feira sobre Alison Riske por 6/3 e 6/4. "Honestamente, eu me senti um pouco enferrujada porque estava sem jogar há três dias. Então, eu estava apenas tentando voltar confiante e entrar no ritmo das coisas".
"A Riske lutava por todos os pontos. Além disso, sei que a velocidade de saque não é tão rápida, mas é difícil para mim ler o saque dela. Acho que isso estava funcionando muito bem para ela", avaliou a vencedora de quatro títulos de Grand Slam. "Sabia desde a última vez que joguei com ela, já faz alguns anos, que seria uma adversária muito difícil e sabendo que ela é um pouco heterodoxa. Eu diria que a trajetória da bola era bastante difícil para mim. Parecia que ela tinha respostas para algumas das coisas que eu estava fazendo, então nós duas estávamos nos ajustando a partir daí".