Madri (Espanha) - Vitórias sucessivas sobre dois monstros sagrados do tênis e do saibro colocaram Carlos Alcaraz de vez nos holofotes do circuito. Depois de superar Rafael Nadal e Novak Djokovic em jogos de três sets, ele buscará neste domingo o segundo troféu de nível Masters 1000 em menos de dois meses e em pisos distintos, depois de ter surpreendido no piso sintético de Miami, em março.
Segundo ele, foram momentos e exigências distintos. "Para vencer Rafa, é preciso um backhand muito sólido e então acho que fiz uma partida impecável nesse golpe, jogando de forma agressiva. Se deixar ele e Djokovic dominarem, vai ficar correndo o jogo todo e se esgotar. Fui agressivo ontem e hoje fiquei constante o tempo todo, consciente dos momentos essenciais do jogo. Não aproveitei todas as chances, mas foi essencial ser constante e ofensivo.
Questionado sobre o que passou por sua cabeça após perder o tiebreak do primeiro set para o líder do ranking, Alcaraz disse que permaneceu tranquilo. "Eu tinha ficado à frente do placar, então sabia que teria oportunidades novamente e, ao chegar ao terceiro set, qualquer coisa poderia acontecer. Djokovic pode jogar em grande nível, mas eu também posso".
Sobre o tiebreak decisivo, o tenista de 19 anos mostrou novamente maturidade e confiança. "São os momentos em que se vê a diferença entre um bom jogador e um tenista top. Eu prefiro ser agressivo e ir para a bola. Se perder, ao menos terei a sensação de que tentei. Foi o que fiz hoje. Joguei para ganhar. É espetacular, estou muito contente por ter jogado estas duas partidas e ganhado de Rafa e do número 1 do mundo hoje. Me dá muita confiança para a final".
Ele disse que irá comemorar a vitória deste sábado, assim como fez na véspera, mas com cautela. "É preciso saborear esses momentos, mas amanhã já tenho uma final de Masters 1000 para fazer, então preciso estar concentrado à noite para ficar pronto". O jogo contra o vencedor de Alexander Zverev e Stefanos Tsitsipas está marcado para as 13h30 de Brasília, começo da noite em Madri.
Cada vez mais próximo de Roland Garros, Alcaraz se sente preparado para ir longe num Grand Slam. "Estou pronto para enfrentar os melhores em qualquer superfície, mas é claro que um Slam é diferente por conta dos cinco sets. Os melhores se dão bem porque estão em outro nível, principalmente mental".