Paris (França) - A família Meligeni irá representar o Brasil na segunda rodada do qualificatório para Roland Garros. Depois da vitória de seu irmão Felipe na última segunda-feira, Carolina Meligeni Alves também avançou na disputa em Paris. A número 3 do país e 203 do mundo venceu nesta terça-feira a andorrana de 16 anos Victoria Jimenez Kasintseva, ex-número 1 juvenil e já 158ª colocada no ranking da WTA, por 6/3 e 7/5.
Aos 26 anos, Carol Meligeni tenta disputar uma chave principal de Grand Slam pela primeira vez na carreira. A paulista de Campinas só havia participado de um quali de Slam, no Australian Open deste ano, quando caiu na estreia.
A próxima adversária será a norte-americana Christina McHale, ex-top 30 e atual 256ª do mundo aos 30 anos. McHale tem um título de WTA, conquistado em 2016 em Tóquio, e fez 11 participações na chave principal de Roland Garros, tendo alcançado a terceira rodada em 2012.
Carol tem como melhor ranking da carreira o 193º lugar, alcançado em março deste ano. A vitória na estreia em Paris rende 20 pontos para ela, com possibilidade de mais 10 com uma nova vitória. A campineira vem de um bom resultado no ITF W60 de Saint Gaudens, também no saibro francês, em que foi finalista na última semana. O resultado 48 pontos e a recuperação de 33 posições no ranking.
Apesar de ter sofrido uma quebra de serviço ainda no game de abertura, Carol Meligeni fez um bom primeiro set e logo recuperou a vantagem no placar. Ela buscou o empate de imediato e não enfrentou mais break-points até o fim do set, conquistando ainda mais uma quebra, aproveitando a única chance que teve.
O segundo set foi de maior equilíbrio e contou com muitos ralis longos do fundo de quadra. Kasintseva, que no ano passado venceu seu primeiro torneio profissional no Brasil, tentava variar a altura da bola, ora executando golpes mais chapados, ora com spin mais alto, e largou com 3/0 no placar.
Mas Carol se manteve muito consistente em seu jogo de fundo. Ela conseguiu buscar o empate no oitavo game e, logo depois, quebrou de novo para fazer 5/4. A brasileira não aproveitou a primeira chance de sacar para o jogo, mas seguia pressionando o serviço de sua jovem adversária para quebrar pela terceira vez seguida e aproveitar sua segunda oportunidade de vitória.