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Nadal: 'Sou um dos candidatos, mas não o favorito'
21/05/2022 às 16h05

Paris (França) - Treze vezes campeão de Roland Garros, Rafael Nadal diz que não chega a Paris com status de favorito. Ainda mais depois de ter voltado a sentir dores no pé esquerdo durante o Masters 1000 de Roma, seu último torneio preparatório para o Grand Slam francês. Mas prestes a completar 36 anos, o atual número 5 do mundo sabe que ainda tem condições de ser competitivo. Caso contrário, nem iria ao torneio.

"Claro que um dos candidatos. Eu me considerei assim durante toda a minha carreira, porque eu consegui grandes resultados aqui. Mas agora, antes do início do torneio, eu não acho que sou o favorito. Mas essa é uma coisa que nunca me preocupou muito. Provavelmente quando eu era o favorito, eu também nunca me considerei o favorito. Você nunca sabe o que pode acontecer", disse Nadal, durante a entrevista coletiva da última sexta-feira.

Chave dura para o espanhol em Paris
A estreia de Nadal em Paris será contra o australiano Jordan Thompson, 82º do ranking. O espanhol tem nomes experientes em seu caminho, podendo enfrentar Stan Wawrinka na segunda rodada e Fabio Fognini logo na sequência. Existe a possibilidade de um encontro com o número 1 do mundo e atual campeão Novak Djokovic nas quartas. E caso passe pelo sérvio, poderia encarar Carlos Alcaraz ou Alexander Zverev na semifinal.

"Eu não tenho esse tipo de problemas com a chave, honestamente. Mentalmente para mim não importa. Em termos de tênis, claro que você vê os nomes e sabe que vai ser muito difícil. Mas estamos em um Grand Slam e muitas coisas podem acontecer até chegarmos a esses jogos que já estão projetando", avaliou o vencedor de 21 títulos de Grand Slam. "Mas sou humilde o suficiente nesse caso para me concentrar apenas na minha primeira partida. Não importa se eu sei exatamente onde estou na chave e quais seriam os possíveis adversários no torneio".

Lesão crônica no pé esquerdo
Nadal também respondeu às perguntas sobre o problema crônico no pé esquerdo. "Não há o que recuperar (sorrindo). Quero dizer, o que aconteceu em Roma é algo que acontece com muita frequência nos treinos. Mas sim, eu estava sofrendo com isso, e depois de alguns dias já me sinto melhor. É por isso que estou aqui. Mas sobre o que aconteceu lá, eu acho que todo mundo já sabe".

"Eu falei muito abertamente depois daquela partida sobre o que está acontecendo. Mas ao mesmo tempo, disse que é algo que pode melhorar em um futuro próximo. E espero que seja o caso aqui. A dor sempre vai estar lá. Não vai desaparecer agora. Tudo é uma questão de saber se a dor é forte e forte o suficiente para me permitir jogar com chances reais ou não", explicou o espanhol.

"Mas não vou ficar falando o tempo todo sobre o meu pé, mesmo que eu entenda que é algo normal, ainda mais depois do que aconteceu em Roma. Isso é algo que convivo todos os dias, então não é novidade para mim e não é uma grande surpresa. Então, estou aqui apenas para jogar tênis e tentar fazer o melhor resultado possível aqui em Roland Garros. E se eu não acreditasse que isso poderia acontecer, provavelmente não estaria aqui".

"Então, estou apenas trabalhando o máximo que posso e treinando o melhor possível. Meu objetivo real é apenas me colocar em uma posição em que eu esteja saudável e jogando um tênis bom o suficiente para me dar boas chances".

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