Paris (França) - Eliminado ainda na rodada de estreia em Roland Garros, Dominic Thiem segue sem vitórias em 2022. Ele perdeu todos os sete jogos que disputou na temporada e acumula 11 derrotas seguidas no circuito, considerando também os últimos torneios do ano passado. O ex-número 3 do mundo ficou nove meses fora das competições por uma lesão no punho e só conseguiu treinar totalmente nas últimas sete semanas. Longe de seu melhor nível, ele reconhece que ainda precisa de alguns meses para voltar a ser competitivo.
"Não é tempo suficiente, especialmente pela lesão que tive. O segredo é ser paciente, trabalhar nas coisas que não estão funcionando e então voltarei a jogar bem, mas acho que levará mais alguns meses até que eu possa realmente dizer, ok, agora estou pronto para vencer aqueles caras top de novo. Não estou fazendo nada diferente nos treinos. E acho que essa é a chave", disse Thiem após a derrota para o boliviano Hugo Dellien por 6/3, 6/2 e 6/4 neste domingo em Paris.
"Tenho que aceitar. E mesmo tendo sido uma derrota muito dolorosa, nada de inesperado aconteceu. Se eu tivesse vencido muitas partidas ou algo assim, teria sido uma grande surpresa. Também não é a melhor sensação disputar uma partida de Grand Slam ou de ATP sabendo que as coisas não foram perfeitas nos treinos. Então não posso esperar que isso aconteça no jogo. O primeiro passo será trabalhar perfeitamente dia nos treinos e depois tentar fazer a transição para o jogo", acrescenta o jogador de 28 anos e atualmente apenas no 194º lugar do ranking.
Tentando voltar a vencer, Thiem recebeu um convite para o challenger de Perugia, Itália, na próxima semana. Este ano, ele já jogou um challenger em Marbella, na Espanha, em março, e caiu na estreia. "Claro que uma vitória ajudaria muito, mas para ser honesto comigo mesmo, após todas as partidas que joguei, ainda estou muito longe de uma vitória. Só preciso tentar encontrar a confiança e os golpes de volta também em situações difíceis. Sabia que levaria tempo, que o nível de todos os jogadores que competem aqui é altíssimo, e que ainda não cheguei lá".
O austríaco foi perguntado sobre os principais pontos a melhorar em seu jogo para as próximas semanas de trabalho. "Obviamente, ainda não há força suficiente nos meus golpes, e não é apenas no forehand. Eu tenho uma porcentagem muito baixa de primeiro saque, o primeiro saque não está machucando o suficiente os adversário. O backhand está bom, mas também não é longo o suficiente, não é rápido o suficiente. Então, às vezes eu tomo decisões realmente estúpidas durante os ralis. E também em situações de jogo em que não estou muito bem, eu fico estou pensando, 'o que diabos está acontecendo? Vai levar tempo até que esteja bem novamente".
