Paris (França) - Atual número 1 do mundo, a polonesa Iga Swiatek falou sobre a decisão da WTA em retirar os pontos de Wimbledon neste ano, após o torneio vetar russos e bielorrussos. Ela sabe que há muita política envolvida no assunto, reconhece que qualquer definição iria desagradar alguma parte e inclusive destaca ver o circuito do tênis bastante dividido no momento.
“É uma situação bem complicada e toda solução será de alguma forma errada para alguma parte das pessoas ou jogadores. Esse esporte sempre foi usado na política. Por outro, você quer fazer com que a situação seja igual para todos, mas é difícil”, afirmou a polonesa, que nesta segunda passou bem pela estreia em Roland Garros, cedendo apenas 2 games para a ucraniana Lesia Tsurenko.
“Foram duas semanas difíceis de discussão. Só espero que as pessoas responsáveis por tomar as decisões se unam, mas por enquanto sinto que não está unido. O problema é que os lados que estão organizando os torneios, WTA, ATP e ITF, todos eles têm opiniões diferentes. Sei que todos os jogadores russos e bielorrussos não são responsáveis pelo que está acontecendo em seu país, mas é mais o lado político das coisas”, acrescentou Iga.
Questionada sobre sua participação no All England Club, a polonesa falou que irá competir. “Nunca estive numa situação de jogar sem pontos e realmente não sei como vou reagir. Mas acho que quando entrar em quadra vai ser normal para mim, porque não me importo com pontos. Nas Olimpíadas você joga só por medalhas e ainda sim é muito importante”, observou a número 1 do mundo.
“Realmente não me importo com pontos. É Wimbledon, com certeza um dos torneios mais importantes da temporada. Ainda não pensei em como me sentiria indo para lá, a decisão foi tomada há poucos dias e estou focada em Roland Garros. Mas honestamente, acho que estarei motivada de qualquer maneira, porque sou aquele tipo de pessoa que gosta de competir”, complementou a polonesa.
Swiatek ainda ponderou a dificuldade de se pronunciar firmemente falando de um assunto tão delicado. “Estava tentando evitar dizer diretamente o que eu penso porque, como eu disse, toda solução vai ser errada para algum lado e não há uma solução certa nessa situação. Sinto que tenho essa responsabilidade, mas por outro lado, não tenho muita experiência de vida e estou ciente disso”, finalizou.