Paris (França) - Depois de vencer seu terceiro jogo em Roland Garros e de chegar sem perder sets às oitavas de final, Novak Djokovic já projeta seu próximo compromisso em Paris. O número 1 do mundo enfrenta o argentino Diego Schwartzman, 16º do ranking. Embora o sérvio tenha amplo domínio no histórico de confrontos, tendo vencido os seis duelos anteriores contra o argentino, ele sabe que terá um jogo duro, especialmente no aspecto físico.
"Ele é um dos jogadores mais rápidos que temos no circuito, e seus melhores resultados na carreira vieram no saibro. Então é claro que ele é um adversário difícil, sem dúvida. Eu o conheço há bastante tempo. Jogamos algumas partidas muito boas em superfícies diferentes", disse Djokovic, durante entrevista coletiva nesta sexta-feira.
"Então, quando você joga contra ele, sempre tem que esperar outra bola voltando. Estou pronto para uma batalha física. Não passei muito tempo na quadra. Tenho batido muito bem na bola e estou ansioso por esse desafio", acrescentou o líder do ranking e atual campeão do torneio.
Djokovic também comemorou o bom desempenho na partida contra o esloveno Aljaz Bedene, vencida por 6/3, 6/3 e 6/2. "Você não pode jogar uma partida perfeita, mas sempre tenta jogar perto da perfeição. Tenho grandes expectativas no meu nível todos os dias, sempre que entro em uma quadra de tênis. Nem sempre é possível, mas hoje, eu fui muito bem. Cresci na Sérvia jogando muito nesta superfície. Mas todos os torneios são diferentes. Aqui em Paris, as quadras são perfeitas. É um padrão muito alto, é um dos maiores torneios do mundo, então é fácil encontrar motivação".
Sérvio falou sobre a prisão de Boris Becker
Djokovic também foi perguntado sobre a situação de seu ex-treinador Boris Becker, condenado a dois anos de prisão pela Justiça do Reino Unido sob a acusação de fraudes financeiras. "Vê-lo passar por isso parte meu coração. Não quero entrar no processo sobre o que é justo, ou o que não é".
"Considero o Boris realmente como um amigo e membro da família, ele sempre foi muito legal comigo e minha família e tivemos um ótimo relacionamento ao longo dos anos, principalmente quando trabalhamos por três anos e alcançamos grandes coisas neste esporte. Mesmo quando paramos de trabalhar juntos, nosso relacionamento continuou", comenta o sérvio, que treinou com Becker entre 2014 e 2016.
"Entrei em contato com um de seus filhos dele, Noah, e perguntei se há algo que eu possa fazer. É terrível. Eu não sei o que dizer. Estou muito triste por alguém que conheço tão bem, alguém que é uma lenda do nosso esporte, esteja passando por isso. Então, eu só espero que ele permaneça saudável e forte".