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Música ajudou Iga a manter o foco e buscar a virada
30/05/2022 às 21h12

A número 1 do mundo apostou no som da cantora Dua Lipa para embalar na partida

Foto: FFT

Paris (França) - A relação de Iga Swiatek com a música é de longa data. Desde quando começou a se destacar no circuito profissional em 2019, a polonesa sempre gosta de comentar suas preferências musicais e sobre o quanto isso embala suas vitórias. No título de Roland Garros em 2020, o clássico Welcome to the Jungle do Guns N' Roses foi a trilha sonora na preparação para os jogos. No ano passado, manteve a preferência pelo rock, desta vez ao som do Led Zeppelin. Já em 2022, a atual número 1 do mundo apostou na música pop da cantora Dua Lipa para manter o foco, mudar o jeito de jogar, e buscar a virada na partida contra a chinesa Qinwhen Zheng pelas oitavas de final em Paris.

"Às vezes eu ficava apenas cantando músicas. Eu percebi no primeiro set que ficar pensando só nas coisas técnicas não estava funcionando, porque eu ficava cada vez mais tensa e não poderia me preparar para os golpes da melhor maneira. Então, eu estava cantando em minha mente, basicamente. Essa não é a primeira vez que faço isso. Estou sempre cantando alguma coisa, mas hoje mudei a música, escolhi uma da Dua Lipa", disse Swiatek após a vitória por 6/7 (5-7), 6/0 e 6/2 nesta segunda-feira.

"Não foi fácil buscar soluções, encontrar outras táticas e fazer algo diferente, porque eu não tinha certeza do que estava fazendo de errado. Ela estava jogando muito bem, com bolas muito rápidas e topspins pesados, e não foi fácil me soltar", avaliou a jovem jogadora, que completa 21 anos nesta terça-feira.

"A chave no segundo set foi meio que não deixá-la fazer isso de novo. Estou muito feliz por poder jogar um pouco mais rápido e pressioná-la. Eu acelerei um pouco meu forehand e talvez essa fosse a solução. Mas eu senti que minha mente estava um pouco mais clara", acrescentou a polonesa, que durante o segundo set viu Zheng sair de quadra para tratamento na coxa direita. A chinesa mostrou limitação nos movimentos para sacar na reta final do set, mas voltou a ser competitiva na parcial decisiva.

"Senti que estava em apuros e pude me reorientar e encontrar outras soluções, o que é ótimo. Não tive a chance de fazer isso nas partidas anteriores. Tentei tirar alguns pontos positivos do primeiro set. Obviamente não foi bom tomar uma virada depois de 5/2 ou 5/3, mas ainda assim, consegui voltar no segundo set e liderar o jogo novamente", complementou a número 1 do mundo, que chegou à 32ª vitória consecutiva no circuito. Além disso, venceu 46 dos últimos 48 sets que disputou. 

'Por mim, tudo bem jogar à noite', afirma a líder do ranking
Perguntada sobre a melhor parte de ser número 1 do mundo, a polonesa diz que poder escolher o horário das partidas é um trunfo importante. "Eu realmente gosto quando faço um pedido sobre a hora em que quero jogar e eles estão realmente ouvindo. Sinto mais pressão, o que não é agradável, mas eu tenho me saído bem com isso. Talvez eu possa colocar mais pressão nas minhas adversárias. Então não sei o que não curtir. Mas gosto muito de escolher o horário das partidas".

A respeito de uma eventual partida na sessão noturna em Paris, Swiatek acenou de forma positiva. Por enquanto, em nove dias do torneio, apenas uma partida feminina foi colocada nesse horário, com Alizé Cornet e Jelena Ostapenko pela segunda rodada. O próximo jogo de Swiatek será contra a norte-americana Jessica Pegula, 11ª do ranking.

"Honestamente, eu acho ótimo para os fãs. Para nós, é difícil, não vou mentir. Quando vamos dormir às 3h ou 4h da manhã, o dia seguinte é bem difícil. Mas nos Grand Slam, geralmente temos tempo para nos recuperar, e eles estão nos programando de maneira bastante inteligente. Eu realmente não sabia que eles estavam agendando só as partidas da ATP nesse horário. Mas, por mim tudo bem em jogar numa sessão noturna como essa, mas nunca é 100% confortável, porque você tem que mudar a rotina".

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