Paris (França) - Representante brasileiro no torneio de tênis em cadeira de rodas em Roland Garros, Ymanitu Silva chegou à final de duplas na categoria Quad em Paris e busca um título inédito para o país na modalidade. Ymanitu e o australiano Heath Davidson venceram a semifinal desta quarta-feira contra o norte-americano David Wagner e o britânico Andy Lapthorne por 1/6, 6/4 e 10-8.
Esta é a segunda vez que Ymanitu disputa a final de duplas em Roland Garros na sua categoria, repetindo o que havia acontecido em 2019. Nessas duas edições, ele recebeu convite da Federação Francesa de Tênis. O catarinense de 39 anos é o atual número 11 do ranking da Federação Internacional. E no início deste mês, ele ajudou o Brasil a chegar ao inédito terceiro lugar na Copa do Mundo por equipes, realizada em Villamoura, em Portugal.
"A semi de duplas foi muito emocionante. Saímos de um primeiro set com eles em um nível muito alto e voltamos no segundo. Fiquei bem feliz, pois eles fizeram o jogo todo em cima de mim, mas consegui segurar bem e crescemos no match tiebreak. Vimos que era possível e segui aguentando. Na garra, saímos de quadra muito felizes com o resultado. Poder participar de uma final de Roland Garros é um marco para o Brasil e para minha carreira", disse Ymanitu após a partida.
A segunda semifinal do Quad será disputada apenas nesta quinta-feira. Principais cabeças de chave, os holandeses Sam Schroder e Niels Vink enfrentam o japonês Koji Sugeno e o sul-africano Donald Ramphadi. As competições de tênis cadeira de rodas começaram a ser disputadas em Roland Garros no ano de 2007, mas a categoria Quad só foi incluída no programa em 2019.
Em simples, Ymanitu foi eliminado ainda na partida de estreia. Ele perdeu apra o norte-americano David Wagner, veterano de 48 anos e número 4 do mundo, por 6/1, 3/6 e 6/4 em 1h57 de partida. O brasileiro vinha de duas vitórias recentes sobre Wagner na temporada. O norte-americano tem três títulos de Grand Slam em simples e nove nas duplas.
"No jogo de simples, ele estava em um dia inspirado e sacou muito. Não consegui achar a bola no primeiro set, mas voltei para o jogo no segundo. E no início do terceiro, ele voltou mais forte. Fiquei triste pois escapou as minhas mãos, mas feliz com meu rendimento. Não é porque tinha vencido ele duas vezes antes que venceria hoje, foi o dia dele. Falta é jogar mais partidas no circuito contra esses caras. Sempre aprendemos quando jogamos contra os melhores".
