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Após 3 derrotas para Iga, Kasatkina tenta surpreender
01/06/2022 às 23h10

Kasatkina tem apenas uma vitória sobre Swiatek, conquistada na grama

Foto: Cedric Lecocq/FFT

Paris (França) - Apesar de já ter perdido três vezes para Iga Swiatek neste ano, Daria Kasatkina chega confiante para o confronto diante da número 1 do mundo. Por mais que o saibro seja o piso favorito para a polonesa, a russa acredita acredita que terá condições de ser mais competitiva em comparação com os duelos nas quadras duras do Australian Open, de Doha de Dubai nesta temporada. Curiosamente, a única vitória de Kasatkina sobre Swiatek no circuito foi em um piso totalmente diferente, a grama de Eastbourne, no ano passado.

"Jogamos algumas vezes este ano, e eu perdi essas partidas, mas agora é uma história diferente. Aqueles jogos foram na quadra dura, no início do ano, e eu não estava na mesma forma que estou agora. Então, não posso comparar o que teremos amanhã e o que tivemos em fevereiro ou março", disse Kasatkina, a respeito da partida marcada para às 10h (de Brasília) desta quinta-feira. Ela tenta derrubar a série invicta de 33 jogos da rival.

"Será um jogo completamente diferente. Eu quero muito vencer, assim como ela também quer. Vai ser uma boa partida. Você nunca sabe o que pode acontecer na semifinal de um Grand Slam. Ela é boa na quadra dura e é boa em saibro também (risos), mas acho que para mim é melhor enfrentá-la no saibro. Além disso, venho de bons resultados e me sinto bem aqui", acrescentou a atual 20ª do ranking, que vem de uma semi em Roma.

Kasatkina e Swiatek compartilham também a enorme admiração por Rafael Nadal. A russa comenta que não pôde assistir até o fim a vitória do espanhol sobre Novak Djokovic pelas quartas de final, para não prejudicar a preparação para o seu próprio jogo e também para não ficar muito nervosa durante a partida de seu ídolo. A russa venceu nesta quarta-feira a compatriota Veronika Kudermetova por 6/4 e 7/6 (7-5) pelas quartas de final em Paris.

"Eu fui dormir quando ele abriu 3/0 no segundo set. Pensei: 'Ok, está tudo bem. Então eu acordei na manhã seguinte e vi o placar no aplicativo do torneio. Depois fui verificando como foram os games. Ainda bem que eu desliguei o laptop no 3/0, porque seu se eu ficasse assistindo até o 3/3, eu não conseguiria dormir", reconhece a tenista de 25 anos.

"Mas estou muito feliz pelo Rafa porque não consigo imaginar o quão difícil foram as circunstâncias dessa vitória. Ele está dizendo que pode ser seu último em Roland Garros e não consigo imaginar como você pode ir para uma partida com esse sentimento. Então, outra vez ele mostra o quanto ele é forte mentalmente", acrescentou a ex-top 10.

A russa também fala sobre o quanto admira Nadal por seu espírito de luta em quadra. "Eu disse muitas vezes que ele era meu ídolo desde criança. Quando eu era pequena, eu tentava copiar o jogo dele. Mas o mais importante é essa resistência mental que ele tem. Talvez ele seja o melhor lutador da história do esporte. Você pode ter o melhor backhand, forehand e saque. Mas se você não lutar, você não pode vencer. Então eu acho que o espírito de luta é o mais importante".

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