Londres (Inglaterra) - Seis vezes campeão na grama do All England Club, o sérvio Novak Djokovic chega para a disputa deste muito bem cotado. Cabeça de chave 1, ele vai estrear na competição contra o sul-coreano Soonwoo Kwon, no que será seu primeiro jogo oficial neste piso, tendo apenas disputado uma partida de exibição no tradicional Hurlingham Club, batendo o canadense Felix Auger-Aliassime com autoridade.
“Até agora está tudo indo bem. Não disputei torneios antes de Wimbledon, mas já tive sucesso aqui nesta mesma situação. Ao longo dos anos, aprendi a me adaptar rapidamente à superfície, então não há razão para pensar que não posso fazer isso de novo. Estou muito feliz e feliz por voltar ao torneio que sempre foi meu sonho de infância, aquele que sempre quis ganhar”, disse o sérvio, que espera manter a sequência de títulos na competição.
Mesmo que defenda o título, Djokovic perderá os 2.000 pontos conquistados no ano passado, já que neste ano Wimbledon não dará pontos por causa do veto a russos e bielorrussos. É algo que afeta outros jogadores mais do que eu. Não quero dizer que os pontos não são importantes, claro que são, mas não como eram até recentemente. Agora eu não persigo o ranking tanto quanto antes de quebrar o recorde de semanas no número 1”
“Depois disso, não é uma prioridade para mim. Entendo que mais de 90% dos que jogam, e também os que não jogam, serão mais afetados pela questão dos pontos. Claro que este ano não tive a oportunidade de defender 4.000 pontos, 2.000 na Austrália e 2.000 aqui. Isso afeta meu ranking, mas minhas prioridades são diferentes”, acrescentou o atual número 3 do mundo.
Além disso, Djokovic também não será capaz de defender os 1.200 pontos do vice-campeonato o US Open. “A partir de hoje sei que não tenho permissão para entrar nos Estados Unidos, estou ciente disso, então tenho uma motivação extra para me sair bem aqui. Vou ter que esperar e ver o que acontece. Eu adoraria ir para os lá, mas hoje não é possível. Não posso fazer muito, é algo que depende do governo permitir pessoas não vacinadas no país”, falou o sérvio, reforçando que não irá se vacinar contra Covid-19.
Questionado sobre a proibição de russos e bielorrussos, Novak não se esquivou de se posicionar. “Entendo a frustração do povo ucraniano em relação à Rússia e o que está acontecendo. Como filho da guerra, sei como é estar no seu lugar. É um assunto muito sensível. Qualquer coisa que diga será julgada de uma forma ou de outra. Eu entendo os dois lados, mas proibi-los de jogar não é justo. Não vejo como eles contribuíram para qualquer coisa que está acontecendo”, finalizou.