Londres (Inglaterra) - Duas vezes campeão em Wimbledon, o britânico Andy Murray chega para o torneio bem mais confiante do que da última vez. Os bons resultados obtidos na preparação para o torneio, com destaque para o vice-campeonato no ATP 250 de Stuttgart, onde bateu o grego Stefanos Tsitsipas e o australiano Nick Kyrgios até perder a final para o italiano Matteo Berrettini, lhe mostraram que seu tênis ainda está lá.
“No ano passado foi em circunstâncias diferentes, ficando na bolha e tudo mais. É bom estar jogando Wimbledon normalmente de novo. Consegui progredir gradualmente no treino nesta semana, joguei alguns sets e muitos pontos. Os últimos dias foram positivos. Mostrei há algumas semanas que ainda tenho um bom tênis”, disse o ex-número 1, voltando ao All England Club otimista com o que pode fazer.
“Venci um dos cinco melhores jogadores do mundo e joguei de igual para igual contra Berrettini, que é um dos melhores do mundo na grama. Também joguei bem contra Kyrgios. Tenho me saído muito bem nos treinos, sei que o tênis está aí, só preciso lançá-lo durante. Obviamente, ter Ivan (Lendl) no meu time ajuda. Tivemos muito sucesso no passado, nos conhecemos bem e ele ainda acredita em mim”, comentou Murray.
O britânico explicou que a retomada da parceria com Ivan Lendl foi importante, mas que olha menos para o passado e sim para o futuro e por isso foram feitos ajustes na preparação. “Ele também jogou na casa dos 30 anos e à medida que ficou mais velho reduziu a quantidade de treinamento e coisas que fazia”, observou o escocês de 35 anos
“Conversamos um pouco sobre isso e fizemos um bloco de treinamento bastante longo em Orlando, depois de Miami. Passamos umas quatro ou cinco semanas lá. Mas obviamente foi menos do que fizemos no passado. Talvez haja um pouco mais de planejamento e estratégia agora do que quando era mais jovem. As coisas mudaram um pouco. sou grato a Ivan por trabalhar comigo novamente e me ajudar a tentar conseguir o que quero”, acrescentou.