Londres (Inglaterra) - Sempre um nome perigoso quando o assunto são os torneios de grama, o australiano Nick Kyrgios chega mais uma vez em Wimbledon muito bem cotado para surpreender os principais nomes. Embora tenha pulado toda a temporada europeia de saibro, ele voltou muito bem ao circuito, fez duas semifinais seguidas e depois abandonou nas quartas de Mallorca para se preservar.
“Do ponto de vista da carga, joguei muito e acho que ninguém esperava. Provavelmente sou o único jogador que faz uma pausa de dois meses no meio do ano e voltou só na grama. Obtive ótimos resultados, venci adversários muito bons e estou feliz com o meu nível. Acho que tive a melhor preparação em muito tempo na grama. Em Mallorca tive que desistir do torneio porque me sentia cansado”, disse Kyrgios
O australiano mostrou confiança no que pode fazer no All England Club e destacou a felicidade de voltar a competir no torneio. “Estou super empolgado por estar aqui, tenho mostrado um bom tênis na grama, me sinto bem e mentalmente preparado. Estou muito orgulhoso de voltar, há uma energia especial aqui. Não há pontos nestas semanas, mas quero me destacar e, colocar toda a minha atenção”, observou Nick.
Questionado sobre a ausência de pontos, o australiano foi direto. “Não jogo por isso. Não teria orgulho em dizer que joguei um challenger em vez de Wimbledon”, comentou Kyrgios, que também se posicionou sobre a ausência de russos e bielorrussos no torneio, lamentando sua ausência.
“Honestamente, não acho que foi uma boa ideia proibi-los de jogar. (Daniil)Medvedev é o melhor que temos em nosso esporte no momento. Também há outros jogadores como (Andrey) Rublev ou (Karen) Khachanov. Pessoalmente, como competidor e alguém que quer enfrentá-los, estou desapontado por não estarem aqui”, disse o atual 45 do mundo.
Kyrgios reforçou a confiança em si mesmo e no que pode aprontar em Wimbledon depois de ótimos resultados nos torneios preparatórios. “Joguei contra os 10 melhores tenistas do mundo e os fiz parecer bem comuns. Sei onde está o meu jogo e que se eu me sentir confiante, posso me sair bem sempre que quiser. Se eu tivesse percebido isso no início da minha carreira, talvez a narrativa tivesse sido diferente”, falou o tenista de 27 anos.
“A chave para enfrentar os top 10 é dormir bem e garantir que seu corpo esteja em boa forma. Sei que se eu sacar e jogar bem, posso vencer qualquer um. Sou uma das pessoas que tem que lidar com a pressão de ser considerado ‘um talento desperdiçado’. Não há muitas pessoas que superaram esse obstáculo. É obviamente algo que eu quero superar um dia”, finalizou.