Londres (Inglaterra) - O veto imposto pelo tênis britânico em 2022 às jogadoras russas e bielorrussas acabou saindo caro. Segundo informa o Sportsmail, a WTA multou a Lawn Tennis Association (LTA) e o All England Club em US$ 1 milhão como punição por impedirem as tenistas de competir em Wimbledon e nos torneios de aquecimento em Eastbourne, Nottingham e Birmingham.
O All England Club, que administra Wimbledon, e a LTA devem recorrer com o apoio do governo britânico, que reagiu com raiva quando informado das multas. A multa para a organização do terceiro Grand Slam da temporada foi de US$ 750 mil, enquanto a federação britânica, que rege os demais torneios, levou multa de US$ 250 mil.
“Desde fevereiro, a maioria da comunidade esportiva internacional se uniu em solidariedade para condenar as ações bárbaras de Putin na Ucrânia. Infelizmente, as federações internacionais de tênis parecem determinadas a ser párias nisso. LTA e Wimbledon devem ser elogiados por seu movimento e fazer o que é certo nas circunstâncias atuais”, disse a secretária de Cultura Nadine Dorries.
Ainda de acordo com o Sportsmail, os britânicos estão preocupados com o processo de apelação, já que a WTA só permitirá um recurso depois que a multa for paga integralmente, deixando as autoridades britânicas sem opção a não ser desembolsar US$ 1 milhão primeiro e só depois montar sua defesa para tentar recorrer.
As preocupações são agravadas pelo fato de que o conselho da WTA que ouvirá o recurso é presidido pelo executivo-chefe da WTA, Steve Simon, responsável pela emissão da multa original. Os chefes de tênis britânicos estão particularmente magoados por serem multados, já que os torneios em Nottingham e Birmingham operam com prejuízo todos os anos e são realizados apenas para apoiar o desenvolvimento do tênis feminino.