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Rybakina: 'O Cazaquistão me deu todas as condições'
06/07/2022 às 17h05

Rybakina é nascida na Rússia, mas representa o Cazaquistão no circuito desde 2018

Foto: AELTC

Londres (Inglaterra) - Em uma temporada que a organização do torneio de Wimbledon vetou a presença de tenistas da Rússia e de Belarus, por conta da invasão ao território da Ucrânia, uma jogadora nascida em Moscou está na semifinal do torneio. Mas Elena Rybakina, atual 23ª do ranking, optou ainda em 2018 por defender o Cazaquistão no circuito profissional. A tenista de 23 anos conta que a mudança de nacionalidade foi feita porque a federação cazaque oferecia a ela melhores condições de treinamento para que ela seguisse carreira no tênis.

"Eu nasci na Rússia, mas está claro que represento o Cazaquistão. Já é uma longa jornada para mim. Joguei Olimpíadas e Fed Cup antes, recebi muita ajuda e apoio, e estou muito feliz por representar o Cazaquistão e trazer alguns resultados", disse Rybakina depois de vencer o duelo das quartas contra a australiana Ajla Tomljanovic por 4/6, 6/2 e 6/3 nesta quarta-feira em Londres. 

"Acho que foi um momento muito bom porque eles estavam procurando uma jogadora e eu estava procurando ajuda. Então eu acho que foi uma combinação perfeita. Eles acreditaram em mim. Eles fizeram todo o possível para eu continuar jogando, continuar melhorando. Tive todas as condições para treinar e tudo mais. Eles me ajudaram muito", acrescenta a ex-número 12 do mundo e vencedora de dois torneios da WTA. Ela não havia perdido sets antes da partida das quartas.

Rybakina espera que a guerra na Ucrânia acabe o quanto antes e que os jogadores russos possam retornar a Wimbledon no ano que vem. "Todos querem competir. Eles não escolheram o país onde nasceram. Eu só quero que a guerra termine o mais rápido possível. Sinto muito por eles, porque todo mundo quer competir no maior torneio, em Wimbledon. Sim, só espero que no próximo ano volte ao normal".

Duelo com Halep na semifinal
Adversária de Simona Halep na semifinal desta quinta-feira, Rybakina tem uma vitória em três jogos diante da romena e aposta em seu jogo agressivo. "Estou muito feliz com meu desempenho, feliz por estar na semifinal. Vou tentar fazer o meu melhor e tentar aproveitar porque vou enfrentar uma campeã. Tivemos batalhas difíceis antes. Espero poder mostrar o meu melhor e seguir o meu caminho".

"Acho que a chave é o meu saque e o meu jogo agressivo. Ela é uma grande campeã. Ela está se movendo muito bem, lendo o jogo. Eu apenas tento fazer o meu melhor, focar em coisas que eu posso controlar: meu saque, meus golpes e minhas emoções. Não importa o que esteja acontecendo, apenas para manter a calma, tenho que continuar jogando ponto a ponto", avalia a cazaque, que já disparou 44 aces no torneio.

"Eu e a Simona fizemos partidas muito difíceis. Lembro que em Dubai perdi no tiebreak do terceiro set. No US Open também, eu estava um pouco machucada. No final eu só sei que tenho que lutar até o fim porque ela também é uma grande lutadora. Não importa o placar, tenho que continuar focada no meu jogo, no meu plano. Basta ser mais estável e também confiante em alguns momentos".

Jabeur e Maria abrem a rodada desta quinta
A rodada desta quinta-feira em Wimbledon começa às 9h30 (de Brasília) com a partida entre a tunisiana Ons Jabeur, número 2 do mundo, e a alemã Tatjana Maria, apenas 103ª do ranking. Halep e Rybakina duelam na sequência.  

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