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'Não me arrependo de ter me aposentado', diz Barty
12/07/2022 às 19h04

Barty encerrou a carreira profissional em março, semanas depois do título do Australian Open

Foto: Arquivo

St. Andrews (Escócia) - O anúncio da aposentadoria de Ashleigh Barty do tênis profissional em março surpreendeu os fãs do esporte de todo o mundo. Afinal, ela ainda liderava o ranking, aos 25 anos, e vinha da conquista de seu terceiro Grand Slam no Australia Open. Mas a australiana garante não se arrepende da decisão e que está aproveitando muito bem a rotina mais leve e o tempo fora do circuito.

"Não me arrependo de ter me aposentado. Eu sabia que era o momento certo para mim. Era o que eu queria fazer. E eu sei que muita gente ainda não entendeu isso, mas espero que  respeitem a minha decisão. E tem sido incrível. É tudo o que eu sempre quis", disse Barty, em entrevista ao jornal The Guardian.

A australiana viajou ao Reino Unido na última semana, mas em vez de assistir às finais de Wimbledon, torneio em que foi campeã no ano passado, ela foi aprimorar suas habilidades no golfe golfe antes de jogar o Old Course em St. Andrews como parte de um evento de celebridades para marcar os 150 anos do The Open. "Eu não assisti às finais de Wimbledon deste ano. Obviamente estou muito feliz por Ons e Elena, que são duas garotas brilhantes. E também foi ver Nick, que eu conheço há muitos anos, chegando à final".

"Mas desde que me aposentei, eu não assisti quase nenhuma partida. Ocasionalmente, deixamos a TV ligada, mas raramente sento e assisto a uma partida do início ao fim com algum interesse. Eu joguei tênis suficiente na minha vida. Eu não preciso ver os outros jogando também", acrescenta a australiana, que completou 26 anos em abril.

 
 
 
 
 
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Elogios a Iga e ao equilíbrio do circuito
Apesar de ter visto poucos jogos nos últimos meses, Barty faz questão de destacar a ótima fase da atual número 1 do mundo, que chegou a 37 jogos e seis torneios seguidos, com destaque para Roland Garros. "Iga tem um talento incrível e um ser humano excepcional. Ela é uma garota adorável. Eu não poderia estar mais orgulhosa por ela ter assumido a posição número 1, porque ela joga o esporte da maneira certa e tem muita energia e carisma".

"Mas o momento do tênis feminino também é ótimo. Viemos de ter uma ou duas jogadoras dominando para haver mais imprevisibilidade. E isso não significa que o circuito seja fraco. Na verdade, é porque o circuito é muito forte. Todas no Top 40 ou 50 são excepcionalmente boas que semana a semana todas podem chegar ao top 10 em algum momento".

A australiana, que também já jogou críquete profissionalmente, garante que o golfe é apenas uma atividade de lazer e sem interesse competitivo. "O golfe é um hobby e sempre será. Sei o que é preciso para chegar ao topo de qualquer esporte e não tenho o desejo e nem quero fazer o trabalho necessário. E para ser honesta, eu jogo golfe para me divertir e dar uma boa caminhada com as pessoas que eu amo. Não me importam os resultados".

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