Ao se despedir do tênis, Serena Williams se senta com a Vogue para revisitar alguns de seus looks mais memoráveis dentro e fora da quadra. Desde seus primeiros dias com suas tranças até o Met Gala e seu casamento com Alexis Ohanian.
A primeira foto é de 1992, ainda criança, com 11 anos, usando um vestido feito por sua mãe e de quem herdou o gosto por moda. Em maio de 1988, Serena e Venus posaram pela primeira vez para a prestigiada revista Vogue, iniciando uma longa amizade. Na foto, elas usavam um modelo da casa Carolina Herrera. Em 1999, no US Open, a dona de 23 títulos de Grand Slam é vista com os cabelos presos no estilo rastafári. Em 2002, a americana surpreende com um vestido combinado com meias longas, de jogador de futebol, em Roland Garros. Foi nesse ano que ela conquistou seu primeiro título em Paris e conta que usou dois vestidos no torneio. Uma experiência que ela diz ter sido icônica. A foto seguinte, de 2003 no Aberto da Austrália, foi quando ganhou quatro torneios de Grand Slam em sequência, mas não no mesmo ano, o Serena Slam. Naquela época, Serena e Venus estavam estudando moda. 2003 também foi o ano em que Serena posou novamente para a Vogue, de biquíni. “Esta foi a primeira vez em que me mostrei mais, estava mais confiante com relação ao meu corpo. Me sentindo mais confortável com meu corpo, pois não sou aquele tipo mediano de atleta, com curvas loucas e mesmo assim se movimentando rápido.”
Serena apontou que sua vestimenta de jogo no US Open de 2004, da Nike, está no top 3 da sua preferência, que foi uma referência ao short de Andre Agassi, que ela adorava. Outro ponto alto nesse look foram as botas de cano alto. “Desde esse dia, todos começaram a se perguntar o que Serena ia vestir em quadra.” No Aberto da Austrália de 2013, o destaque foram os tênis, com estampa étnica: “Eles usaram diferentes elementos africanos.”
O ano de 2014 foi importante para Serena, que fez seu primeiro desfile próprio de moda em Nova York. “Eu desenhei todo a roupa, exceto o calçado.” Abril de 2015 é outra data memorável na carreira da ex-número 1 do mundo, quando estrelou pela primeira vez sozinha na capa da Vogue, quando voltou a jogar em Indian Wells e houve muita conversa sobre preparo físico, amizade e perdão. Eu tenho esta capa em tamanho grande na minha parede. Adoro esta foto. Eu estava muito orgulhosa de mim, pela volta, por superar isso.” As mangas no uniforme surgiram no US Open de 2016, embora a Nike quisesse ter lançado a novidade em Wimbledon. Mas Serena disse: “Não, vamos fazer isso em Nova York.” Também foi a temporada das unhas longas, ela conta, dizendo que tinha de ter cuidado nas comemorações dos pontos, para não cerrar o punho e se machucar. Também foi quando passou a usar rabo de cavalo.
Em 2017, Serena foi fotografada grávida No MET Gala, usando um lindo vestido longo verde do estilista Versace. “Eu estava na fila quando me pediram para ir para a frente (para ser fotografada). Eu tinha, com certeza, aquele olhar de grávida, estava realmente feliz. Eu amo vestir Versace.” A foto de 2017 é do seu casamento com Alexis Ohanian. Eu amo capas, então, me fizeram uma. Estava amamentando na época, então, meus seios estavam maiores.” Serena conta que esperava ver o noivo de terno preto, mas ele preferiu azul. No ano de 2018, foi a vez da filha Olympia estrear na capa da Vogue no colo da mãe. “Nessa foto, estou vestindo Versace novamente.”
E então chega a vez do deslumbrante vestido usado no casamento do Príncipe Harry com sua amiga Meghan Markle, em 2018. “De novo, outro visual de Versace e eu usei um fascinator (peça decorativa para a cabeça). Duas ou três moças preparam o meu cabelo e eu estava tão cansada, queria dormir, então eu inclinei a cabeça e elas continuaram o trabalho. Foi um processo realmente longo, mas valeu a pena. E eu amo também o visual de Alexis, ele estava de fraque e parece muito mais jovem na foto”, comenta rindo.
Em 2018, Serena disputou pela primeira vez um Grand Slam, em Paris, depois de dar a luz a Olympia. “Nunca tinha usado um uniforme longo e tive de usar porque estava tendo problemas de pressão sanguínea”. A roupa de compressão fazia bem à sua saúde. “As pessoas ficaram loucas por causa disso, eu não podia acreditar. Quando a direção do Aberto da França me disse que eu não poderia vestir aquilo, respondi: ‘Não, vocês não estão entendendo. Isso é para minha saúde.’ Então, eles entenderam, mas não ficaram muito contentes com aquilo.”
No ano seguinte, Serena foi uma das anfitriãs do MET Gala em Nova York e usou Versace novamente e alguém disse que ela deveria calçar tênis. Serena topou a ideia, mas claro que a cor tinha de combinar com o vestido. “Comecei a trabalhar com Virgil com a Nike. Eles me perguntaram o que queria para o US Open, vamos definir o designer. Eu dei alguns nomes e Virgil era um deles.” A parceria deu certo.
O destaque no ano passado foi o lançamento do filme sobre seu pai, “King Richard”, em que Serena e Olympia usaram looks semelhantes. Neste ano, na Semana de Moda de Paris, ela atendeu ao pedido da esposa de Virgil e desfilou na passarela. Mas avisou: “Eu não sou uma modelo, não quero ser modelo e não vou ser uma modelo de novo. Vai ser a única vez que me verão numa passarela, então, vamos fazer isso dar certo. Ouvi que havia muita gente (importante) lá. Anne (Wintour, editora da Vogue) estava lá. Eu não enxerguei ninguém. Só prestava atenção nos meus passos e dizia “Não erre, não erre.” Foi um lindo estar ali por meu amigo Virgil, que amo do fundo do meu coração.” Também neste ano, Serena compareceu à cerimônia do Oscar, onde o filme “King Richard” concorreu a vários prêmios e usou um vestido da Casa Gucci. “Quando eu o coloquei, estava um pouco mais aberto (o decote) do que gostaria”, admitiu. Na festa do Oscar oferecida pela Vanity Fair, tiveram de improvisar. “Na verdade, tinha usado o vestido duas semanas antes da premiação. Era um longo Versace. Eu tinha duas opções (para vestir), mas uma não funcionou. Então, na véspera, liguei para Donatela (Versace) e contei que o vestido não funcionou e não tinha nada para vestir na Vanity Fair. Eles pegaram o vestido, cortaram e fizeram um outro, curto.”