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Coric garante não ter expectativas para o US Open
25/08/2022 às 09h38

Nova York (EUA) - Experiente no circuito apesar de ter ainda 25 anos, o croata Borna Coric quer conter qualquer euforia após o espetacular título conquistado no Masters 1000 de Cincinnati no domingo. Mesmo agora novamente no top 30, o que o garante como cabeça de chave no último Grand Slam da temporada, ele chegou a Nova York com discurso muito cauteloso.

"Não tenho nenhuma expectativa (para o US Open) porque, como aconteceu muitas vezes na minha carreira, posso sofrer uma queda depois de um grande resultado", argumentou. "Por mais clichê que pareça, seguirei jogo a jogo e espero estar fisicamente bem. Isso é tudo que eu quero", afirmou em entrevista ao site Tennis Majors.

O US Open foi o torneio de Slam em que Coric obteve a maior campanha de sua carreira, tendo atingido as quartas de final em 2020 depois de derrotar Stefanos Tsitsipas e caindo diante de Alexander Zverev. O croata não disputou o US Open do ano passado devido à cirurgia no ombro, feita em maio.

"Sofria com problemas no ombro desde os 20 anos, por isso o saque nunca foi meu ponto forte", conta. "Mas houve momentos neste meu retorno em que saque estava indo a 185 km/h e não sei por que isso acontecia, porque eu costumava sacar a 200-205 km/h. Depois de muitas horas de treino com (Mate) Delic, voltei a sacar bem desde o segundo set da partida contra (Lorenzo) Musetti", referindo-se ao jogo de estreia em Cincinnati.

Ele acha que, além do saque, conseguiu se manter muito firme na parte mental e usou bem o forehand. "A parte mental sempre foi meu forte, mas foi importante não cometer muitos erros com o forehand e saber aproveitar as bolas mais curtas para tomar o ataque. Sinto que todo o trabalho duro que tenho feito desde o início de abril valeu a pena. Nos últimos quatro meses, estive mais focado no trabalho e no progresso do que nunca na minha vida. Quando você está no top 30, talvez você possa se dar ao luxo de ser um pouco desleixado, mas quando você cai para 200 ou 250, como eu fiz, você precisa trabalhar três vezes mais para voltar, e felizmente Cincinnati funcionou fora bem."

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