Nova York (EUA) - Ainda que tenha sofrido pequenos momentos de instabilidade, Daniil Medvedev não cedeu mais do que oito games ao norte-americano Stefan Koslov, que está 110 postos atrás do ranking, em sua estreia no US Open de 2022. O russo marcou 6/4, 6/4 e 6/0 e enfrenta agora o francês Arthur Rinderknech, que ganhou o duelo francês diante de um Quentin Halys, por 4/6, 7/6 (7-4), 6/3 e 6/2.

Medvedev tenta ser o primeiro tenista a repetir um título em Flushing Meadows desde que o suíço Roger Federer perdeu a sequência de cinco troféus consecutivos, entre 2004 e 2008. Desde então, houve oito diferentes vencedores, com Federer, Rafael Nadal e Novak Djokovic tendo chegado à final no ano seguinte à conquista, mas sem sucesso.

Sua eficiência sobre a quadra sintética nas últimas temporadas é incontestável. Desde 2018, é o tenista com mais títulos (13), finais (21) e vitórias (186) sobre a superfície. Além disso, é o único que chegou pelo menos na semifinal nas três últimas edições do US Open, tendo ido à final de 2019 e à semi no ano seguinte.

Sua temporada no entanto tem sido um tanto apagada. Finalista no Australian Open em janeiro, quando deixou escapar o título diante de Rafael Nadal, ele só ergueu um troféu, há poucas semanas, no ATP 250 de Los Cabos. Soma 36 vitórias e já sofreu 12 derrotas neste ano e por isso está com a liderança seriamente ameaçada. Ele precisa do bi em Nova York para não depender de Nadal ou chegar na final e torcer para o espanhol cair na semi.

Em sua volta ao estádio Arthur Ashe, Medvedev viveu alguns altos e baixos, como a perda do serviço que permitiu empate por 2/2 no começo da partida. O mesmo se repetiu no segundo set, quando fez 4/3 e novamente foi quebrado, mas Kozlov nunca mostrou potência para encurralar o russo no fundo de quadra. Obteve algumas boas variações com curtinhas, mas seu esforço para ser competitivo foi tão grande que não aguentou o ritmo e foi presa muito fácil na terceira série.

Medvedev terminou com 55% de acerto do primeiro saque e três de cinco break-points evitados. A diferença de winners foi enorme (37 a 14) e a de erros não forçados também expressiva (19 a 23).