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Pucinelli tenta sua 1ª final: 'Estou mais preparado'
23/09/2022 às 14h40

Pucinelli alcança sua quarta semifinal de challenger na carreira

Foto: Federação Portuguesa de Tênis

Braga (Portugal) - Semifinalista do challenger de Braga, em quadras de saibro em Portugal, Matheus Pucinelli ainda não perdeu sets no torneio e tenta alcançar sua primeira final em torneios deste porte. Em sua quarta semifinal de challenger na carreira e a segunda na temporada, o paulista de 21 anos e 216º do ranking se sente mais preparado e ambientado para jogar torneios desse nível. A boa campanha também fará Pucinelli entrar no top 200 após o torneio.

"As semifinais do ano passado foram um pouco diferentes, eu estava ingressando nos challengers ainda. Hoje eu me sinto bem mais preparado, com volume de jogo e bom nível físico e mental. Por já ter jogado algumas vezes, estou mais seguro por saber que posso chegar a uma final", disse Pucinelli após a vitória por duplo 6/3 nas quartas sobre o espanhol Pablo Llamas Ruiz.

"O começo foi um pouco tenso e perigoso, sabia que ele estava jogando muito bem e errando muito pouco. Eu acabei me afobando um pouquinho, errando algumas bolas. Teve um game chave ali no 3/1, que durou 10 ou 15 minutos, e consegui quebrar ele. E aí depois ele deu uma abaixada. Eu sabia que ele ia me fazer jogar o máximo e ficar no jogo para tentar levar para o terceiro, mas consegui me controlar nesse finalzinho e fechar o jogo", avaliou sobre o desempenho na partida desta sexta-feira.

Pucinelli enfrentará na semifinal o holandês Jelle Sels, 196º do ranking. Em dois confrontos anteriores, cada um venceu uma vez. "Eu joguei contra ele duas vezes, uma no ano passado e outra nesse ano. É um cara que pega pesado dos dois lados, tem um bom primeiro saque, gosta de começar o ponto já dominando. Ele também joga bem atrás da linha de base, espera a bola cair um pouco. Vou precisar fazer o meu jogo, variar e tentar trazer ele para a frente. Ele tem um estilo que me incomoda um pouco, mas estou me sentindo bem para tentar anular isso".

"Gosto de assistir tênis e cada dia você pode enxergar alguma coisa diferente, desde os tops até o jogo de challenger para assistir. O tênis é complexo. Tem bastante detalhe que dá para você pensar. E quanto mais você observa isso, mais consegue colocar em prática", acrescentou o atual número 4 do Brasil. "Uma coisa que eu me sinto confortável é de estar subindo à rede. E como poucos jogadores fazem, os adversários nem sempre estão bem preparados. Tem que saber escolher a hora para pegar de surpresa".

Vitória sobre o cabeça 1 Nuno Borges nas oitavas

Uma das vitórias de Pucinelli no torneio foi sobre o português Nuno Borges, principal cabeça de chave e 94º do ranking. "Era um jogo que eu poderia entrar mais tranquilo, contra o cabeça 1 do torneio e jogando em casa, mas consegui controlar isso e jogar de igual para igual. Esse jogo me dá uma sensação boa, de que estou subindo meu nível. Acho que estou mais preparado para o resto desse ano. Tenho que seguir com os pés no chão e fazendo melhoras pontuais.

"Sabia que o Nuno vem num momento muito bom, mas desde o começo eu tinha a tática pronta de deixar o jogo diferente para ele, porque ele tem golpes bem sólidos da linha de cintura. E consegui aplicar bem isso. Acho que nós dois não estávamos tão adaptados ao saibro, por conta da Copa Davis na semana passada e consegui usar isso a meu favor. Já jogamos vários torneios juntos, e uma vez um contra o outro e tinha sido um jogo duro, tive 3 match-points. Estava com esse jogo na cabeça. É claro que ele evoluiu e eu também, mas eu já estava com a base de jogo na cabeça"

O brasileiro espera contar com a torcida local nas fases finais do torneio: "Agora que não tem mais portugueses na chave, espero que a torcida esteja comigo no resto do torneio. O Thiago Monteiro ganhou aqui no ano passado e tem uma amizade boa entre os portugueses e os brasileiros".

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