Rio de Janeiro (RJ) - Nova número 2 do Brasil no ranking de duplas da WTA, Ingrid Martins atingiu nesta semana a melhor marca da carreira, ocupando agora o 137º lugar. Com três semifinais de WTA 250 na temporada, em Rabat, Portoroz e Parma, a carioca de 26 anos mira uma vaga no top 100 e no Australian Open de 2023. E entre os próximos compromissos na temporada, estão três torneios na América do Sul, ao lado de Luísa Stefani.
Ingrid embarca nesta sexta-feira para os Jogos Sul-Americanos onde representa o Brasil em Assunção, no Paraguai, a partir da próxima semana. Depois retorna para três semanas de treino no Rio de Janeiro. Já em novembro ela jogará três WTAs 125 com premiação de US$ 115 mil cada. O primeiro em Colina, no Chile, com a americana Angela Kulikov. Na sequência mais três eventos ao lado de Luisa Stefani, em Buenos Aires, Montevidéu e o ITF W60 do Rio de Janeiro, que será jogado na Rio Tennis Academy, a partir do dia 28.
"Quero focar em mim, no meu jogo, evoluir. Desde que foquei nas duplas nesse ano, minha meta era disputar o Australian Open do ano que vem . Vou fazer o meu melhor para buscar essa vaga", disse Ingrid Martins, que chegou a treinar com Stefani durante o tempo em que a paulistana se preparava para voltar ao circuito, recuperando-se da lesão e cirurgia no joelho.
"Vai ser bacana jogar com a Luísa, nós treinamos juntas tanto aqui na Rio Tennis quanto em São Paulo. Sempre quando dá tentamos fazer esse intercâmbio e estarmos juntas. É disso que o Brasil precisa, ter essas conexões, treinar uma com a outra, uma ajudar a outra, isso só soma. Quando formos iniciar a gira vamos conversar sobre nosso jogo, usar nossas armas e acho que podemos ter sucesso".
Ao longo da temporada, Ingrid tem atuado com diferentes parceiras, e ainda assim tem resultados consistentes. Sua primeira semifinal de WTA foi ao lado da britânica Emily Webley-Smith no saibro de Rabat, em maio. Já no mês de setembro, jogou no piso duro de Portoroz com a russa Alena Fomina-Klotz e no siabro de Parma ao lado da espanhola Nuria Parrizas-Diaz. Ela começou a temporada apenas no 348º lugar do ranking e já saltou mais de 200 posições.
"Foi uma gira muito boa e inesperada. Decidi de última hora que jogaria em Portoroz. Eu estava em Portugal, e ela (Fomina) me chamou para jogar depois que a parceira dela desistiu, fomos muito bem. Em Parma foi parecido, eu iria para Talín, na Estônia, só que minha parceira não queria jogar lá e se retirou. Eu estava no aeroporto, mandei mensagem para a Nuria, ela topou. Alcançamos a semi e por pouco não fizemos final. Estou feliz que estou aproveitando as oportunidades e evoluindo".