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Paire: 'Decidi ser mais profissional e parei de beber'
27/10/2022 às 15h05

Brest (França) - Ocupando atualmente apenas a 177ª colocação, com apenas 4 vitórias e 22 derrotas em nível ATP nesta temporada, o francês Benoit Paire parece ter colocado a cabeça no lugar e pretende dar a volta por cima. Disputando o challenger de Brest nesta semana, o tenista de 33 anos garantiu que voltou a focar nas coisas importantes.

“Decidi ser mais profissional, não sair para festas noturnas e parar de beber álcool. Quero fazer o meu melhor e isso às vezes me deixa ansioso, porque sei que agora é impossível O público francês tem muitas expectativas em torno de mim e isso gera uma pressão extra sobre mim, mas acho que aos poucos vou conseguir responder a isso”, disse Paire em entrevista ao Ouest France.

O francês superou a estreia no torneio, batendo o croata Duje Ajdukovic em sets diretos e nesta quinta enfrentará o holandês Jelle Sels pela segunda rodada. “Faz muito tempo desde que eu senti o fogo competitivo que senti hoje, fazia tempo que realmente não sentia vontade de vencer uma partida”, declarou o ex-top 20 após sua primeira vitória.

“Há dois anos que não tinha uma atitude tão boa em uma quadra de tênis. Sei que ainda tenho muito a melhorar em termos de confiança e nível de jogo, mas agora acho que posso voltar ao meu melhor nível. Joguei fora dois anos da minha carreira esportiva e assumo que, para recuperá-los, preciso mudar muitas coisas e somar muitas vitórias como esta”, acrescentou Paire.

Pensando em ir jogo a jogo, o tenista da casa garante que sua mentalidade está mudada. “Costumava ir a torneios para ganhar dinheiro e ver o que acontecia, mas agora vejo cada evento como um pequeno passo à frente. Treinei muito a nível físico, fiz testes muito exigentes, minhas pernas estão de volta. E funcionaram em plena capacidade”, disse.

“Sinto que agora é a hora. Sei que já tentei antes, mas não com essa convicção porque não tive na mente a disposição necessária. O tênis tornou-se uma obrigação, quase um castigo, sei que é difícil para as pessoas entenderem, pois temos o privilégio de nos dedicarmos a isso, mas era assim que eu me sentia”, complementou Paire.

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