Paris (França) - Antes de iniciar sua participação no último torneio da temporada regular da ATP, o sérvio Novak Djokovic fez um balanço de seu conturbado ano, que começou com a novela sobre sua entrada na Austrália e depois teve outros contratempos por causa de seu status vacinal, perdendo também todos os torneios na América do Norte, com destaque para o US Open. Apesar de não ter jogado tanto, ele destacou o segundo semestre e colocou Wimbledon como ponto de virada em 2022.
Na segunda parte da temporada, estava me sentindo diferente na queda, de uma maneira positiva. Na primeira metade do ano, depois de tudo o que aconteceu na Austrália, me senti mentalmente desafiado fora da quadra e isso afetou meu jogo. No final dos torneios de saibro comecei a jogar muito melhor e Wimbledon foi um grande alívio depois de tudo o que aconteceu nesta temporada”, analisou o atual número 7 do mundo.
Cabeça de chave número 6 em Paris, o sérvio falou sobre suas sensações para a competição. “Eu me sinto muito bem neste torneio, onde tive muito sucesso. Sempre ajuda chegar a um torneio no qual você tem confiança e boas lembranças. Fui campeão nas duas últimas vezes que joguei aqui, em 2019 e em 2021. Espero continuar essa sequência. Gosto das condições, embora depois de alguns treinos percebi que são diferentes do ano passado”, falou Djokovic,
“Falei com o diretor do torneio e ele me disse que eles aumentaram a velocidade da quadra. Muitas vezes, o que o torneio quer e o que os jogadores querem são coisas diferentes. Cedric Pioline me disse que muitos jogadores reclamaram da lentidão da quadra na última edição, das condições, por isso decidiram acelerar”, acrescentou o sérvio, ponderando que a mudança é melhor para alguns e pior para outros.
“Acho justo, tudo bem. Um grande sacador preferirá condições mais rápidas, mas para quem fica no fundo e joga com muito giro, vai gostar mais que as condições sejam mais lentas. Não acho que exista uma fórmula de ouro. Ainda assim, gosto desta cidade, gosto das condições daqui”, finalizou Djokovic, que estreia contra o vencedor do duelo entre o argentino Diego Schwartzman e o norte-americano Maxime Cressy.