Paris (França) – O francês Gilles Simon, aos 37 anos, encerrou sua carreira nesta quinta-feira no Masters 1000 de Paris, em Bercy, uma despedida memorável, pois mostrou ao mundo por que ele era um dos adversários mais difíceis de sua geração. Seu melhor ranking foi o sexto lugar em 2009.

O 14 vezes campeão do ATP Tour fez um esforço corajoso em Paris, reunindo o apoio da multidão para derrubar o ex-número 1 do mundo Andy Murray, que ele havia derrotado apenas duas vezes em 18 tentativas. Sua campanha não parou por aí, já que Simon derrotou o campeão de Indian Wells, Taylor Fritz, na segunda rodada, encerrando as esperanças do americano de se classificar para o Nitto ATP Finals. Mas nesta quinta-feira o francês perdeu para o canadense Felix Auger-Aliassime, com parciais de 6/1 e 6/3, em 1h32 de partida.

Após o término da partida, Simon recebeu as homenagens da Federação Francesa e de seus companheiros. Um vídeo relembrando sua carreira e outro com mensagens de Jo-Wilfried Tsonga, Gael Monfils, Novak Djokovic e Rafael Nadal foram exibidos no telão e Simon, então, tomou o microfone para fazer seus agradecimentos.

"Eu me sinto tão sortudo por ter sido um tenista. É o que eu sempre quis ser", disse Simon após a partida. "Fui um tenista profissional por muito tempo, e é por isso que tive sorte duas vezes e pude parar quando quisesse, então tive sorte três vezes." Simon terminou a carreira com um recorde de 504 vitórias e 394 derrotas.

“Eu sempre amei tênis. É um jogo muito interessante. Tantas coisas em tantos níveis. Fisicamente, tecnicamente, mentalmente, tudo. É um esporte muito legal, é o melhor esporte, obviamente!”, disse Simon. “Alguns tenistas diriam que jogam tênis, mas ficariam felizes em jogar outra coisa, mas esse não é o meu caso. Eu realmente gosto muito do esporte e acho que é por isso que sou tão apaixonado por ele e também é por isso que joguei tanto tempo. Acho que todos os jogadores que estão jogando com 35, 36, 37 ou 40 anos, com certeza amam o esporte.”

Nascido em Nice, Simon nunca foi o jogador mais forte ou mais rápido do circuito, mas usou sua mente para superar os oponentes por duas décadas. Sem medo de utilizar táticas únicas, Simon no Aberto da Austrália de 2016 fez Novak Djokovic cometer 100 erros não forçados em uma partida (o sérvio precisou de quatro horas e 32 minutos para triunfar).