Londres (Inglaterra) - Sensação da temporada, não apenas por conseguir vencer seu primeiro título de Grand Slam, mas também por se tornar o mais jovem número 1 do mundo da história da ATP, fechando o ano na liderança do ranking, o espanhol Carlos Alcaraz ganhou os holofotes no circuito. Porém para o sueco Mats Wilander, não devemos compará-lo a Roger Federer, Rafael Nadal e Novak Djokovic.

Em declaração ao Eurosport, Wilander afirma nunca ter visto nada parecido com o que Alcaraz conseguiu fazer em 2022, mas também alertou que precisará de algum tempo para que seu novo status seja assimilado. “O jeito que ele faz as coisas é sem igual, mas não devemos compará-lo com Rafa, Roger e Novak”, comentou o sueco.

"Ele não precisa ser considerado o maior jogador da história, mas uma coisa é certa: é muito divertido vê-lo jogar tênis porque é muito bom e ri ao mesmo tempo. Ele é o tenista mais inspirador que temos no momento por causa do que fez em 2022 e, acima de tudo, pela maneira como fez”, observou o ex-número 1 do mundo e dono de sete títulos de Grand Slam.

Wilander salientou a importância que terá para Alcaraz conseguir absorver tudo o que se passou com ele na temporada para seguir entre os principais nomes do circuito, brigando pelos principais títulos nos próximos anos.

“Acho que será muito difícil digerir 2022 para o Alcaraz, mas também acho que Juan Carlos Ferrero saberá exatamente o que eles precisam fazer. Há um processo de validação que tem que acontecer para Carlos. 'Eu realmente sou o número 1 do mundo?' Foi um ano inacreditável, mas também tivemos Holger Rune, Djokovic, Daniil Medvedev”, comentou o sueco.

"Quero dizer que haverá um pouco de dúvida por ele ter chegado à liderança com apenas 19 anos, e acho que deve cuidar dessa dúvida trabalhando muito duro fisicamente e mentalmente. A partir de então descobrirá como precisa jogar tênis quando não está se sentindo bem”, complementou Wilander.