Madri (Espanha) - Sem jogar desde o abandono nas quartas de final do Masters de Paris, o espanhol Carlos Alcaraz se diz pronto para o retorno em nível competitivo. Ele se testará a partir de sábado no tradicional torneio de exibição de Abu Dhabi, onde enfrentará o vencedor do jogo da véspera entre Andrey Rublev e Frances Tiafoe, dois jogadores de muita exigência física.

Em entrevista ao diário Arab News, Alcaraz revelou que ainda se surpreende quando pensa que é o melhor tenista do ranking. “Parece um sonho para mim. Honestamente, pensei no meu lugar na classificação várias vezes neste final de ano e ainda não consigo acreditar. Eu me pergunto: 'Isso é real? Eu sou o número um do mundo? Estou sonhando. É algo que eu tenho que estar ciente de um dia".

Alcaraz começou a temporada como 32º da lista, ainda aos 18 anos, e uma sucessão de grandes resultados, incluindo dois troféus de Masters 1000 e um de Grand Slam o levaram a assumir o primeiro lugar do ranking, na primeira semana de setembro.
"Já joguei tantos torneios que não tive tempo de assimilar totalmente o US Open. Claro, foi um grande sentimento para mim. Só posso dizer que nada me mudou”, explicou Alcaraz.

Ele no entanto passou a sentir uma pressão extra. “Todo mundo quer bater o número 1. Pude sentir que depois do US Open todos estavam de olho em mim e queriam me enfrentar. Tenho que estar preparado para isso".

Questionado se gostaria de repetir a façanha de Iga Swiatek, que assumiu a liderança e dominou o circuito, ele fez elogios. “O ano dela foi incrível. Quebrou o recorde de maior sequência de vitórias deste século. É magnífico. Eu gostaria de ser como ela, não perder o número 1, mas é quase impossível. Vou perdê-lo, mas o que importa é recuperá-lo e ficar lá o máximo que puder."