Melbourne (Austrália) - A brasileira Laura Pigossi estreou com vitória no qualificatório do Aberto da Austrália contra a belga Magali Kempen. Apesar do nervosismo nos primeiros dois games da partida, a tenista brasileira celebrou o seu primeiro triunfo em um Grand Slam e fez uma rápida análise acerca do jogo.

“Acredito que na primeira rodada de um quali todas as tenistas estão nervosas. Então eu sabia que tinha que entrar e fazer o meu o jogo, sem se preocupar em jogar bonito”, disse Pigossi após a vitória por duplo 6/2. A brasileira também ressaltou que se manteve focada em trazer a partida para as suas características, de troca de bola e longos ralis.

No segundo set, quando a brasileira vencia por 3/0 a sua adversária pediu atendimento médico, alegando um desconforto na região lombar. Na volta do jogo, Kempen chegou a vencer cinco pontos seguidos. Pigossi explicou que tentou se manter ativa mentalmente e fisicamente para o recuperar o seu ritmo na partida. “Ela voltou muito bem, ganhando 5 pontos consecutivos. Então tive que buscar o controle da partida novamente e sabia que meu game de saque seria muito importante no jogo”. A paulista acabou confirmando o saque quando ganhava por 3/1, após muitos iguais , num game de aproximadamente quase 4 minutos.

A vitória sobre a belga foi o primeiro triunfo em Grand Slams para Pigossi,. “Nunca tinha ganho nenhum jogo em Grand Slam, então eu estava bastante nervosa no começo do jogo, mas soube manter a tranquilidade, jogar bem os pontos e combater o nervosismo. No final, gostei bastante de como joguei”, disse ainda em quadra. A brasileira enfrenta na segunda rodada, a japonesa Misaki Doi, número 172 do mundo, que eliminou mais cedo a filipense Alexandra Eala.

"Não conheço minha próxima adversária. Para ser sincera não olho muito chaveamento. Eu preciso focar em mim e na maneira como estou jogando. Buscar os pontos longos e trazer a partida para as minhas características”, afirmou Pigossi.

A paulista também comentou sobre a experiência de ter disputado a United Cup pelo time brasileiro, ao lado de outros atletas, que segundo ela se conhecem desde os 8 anos de idade. “Sou muito patriota. Adoro jogar pelo Brasil. Inclusive, poderiam ter uns três torneios deste por ano”, afirmou Pigossi, que ainda ressaltou a felicidade em ver seus amigos progredindo no ranking e ganhando a vida através do tênis.