Melbourne (Austrália) – Um dos jogos mais aguardados desta primeira rodada do Australian Open, o duelo entre Andy Murray e Matteo Berrettini tem tudo para ser lembrado como um dos melhores desta edição do torneio. A vitória no tiebreak do quinto set após 4h54 de batalha foi a 50ª do britânico na competição e trouxe à tona sentimentos pouco comuns na carreira do jogador de 35 anos.

“Acho que nos últimos anos eu me questionei algumas vezes e muitas pessoas questionaram se eu poderia ainda disputar os maiores eventos e as maiores partidas. Eu me senti muito orgulhoso de mim mesmo hoje, e isso é não é algo que eu geralmente senti ao longo dos anos. Estou muito orgulhoso de como eu lutei no final, fiquei impressionado comigo mesmo”, disse sorrindo o ex-número 1 do mundo.

Depois de abrir 2 sets a 0 e ver o adversário reagir, Murray acredita que o destino da partida poderia ter sido outro se tivesse aproveitado melhor as chances que teve ao longo do jogo, em especial os break points perdidos no quarto game do terceiro set.

“Sinto-me cansado. Refletindo sobre a partida, ainda não tive muito tempo para digerir, mas acho que foi um bom jogo. Acho que eu fui muito bem em aguentar no final, porque a vitória poderia ter escapado com o jeito que ele estava sacando e jogando. No geral senti que criei chances suficientes para vencer, mas se eu tivesse aproveitado um dos break-points no início do terceiro set, poderia ter sido um pouco diferente o resultado”, avaliou.

Questionado sobre o quanto o esforço colocado em quadra nesta terça pode cobrar a parte física na próxima rodada, Murray assumiu que não será fácil e nem espera estar 100% no duelo contra o vencedor de Fabio Fognini e Thanasi Kokkinakis. “Vou ver meu fisioterapeuta agora quando voltarmos para o hotel. Vou tentar dormir cedo, mas, obviamente, não é tão fácil se recuperar após uma partida de 4 horas e 54 minutos. Eu não esperaria me sentir perfeito na quinta-feira, mas espero estar em uma boa posição.”