Melbourne (Austrália) – Nove anos mais velho e com duas cirurgias no quadril, Andy Murray foi quem se deu melhor na batalha de quase cinco horas contra Matteo Berrettini nesta terça-feira. Impressionado com a atuação e o poder de recuperação do adversário, o italiano rasgou elogios ao escocês após a partida.

“Não sei como ele se sente, eu me sinto cansado, obviamente. É impressionante o que ele conseguiu fazer depois de tantas cirurgias e de todos os quilômetros que ele correu em sua carreira. Isso só mostra o quanto ele ama o jogo e esse tipo de partidas”, afirmou o semifinalista do Australian Open no ano passado e atual 14º colocado no ranking. Eliminado já na primeira rodada, Berrettini perderá mais de 700 pontos e deverá sair do top 20.

Em sua análise, o italiano disse que Murray mereceu a vitória, mas acredita que ele próprio não esteve nos seus melhores dias. “Acho que ele jogou definitivamente melhor, estava se movendo, acertando a bola e sacando muito bem. Eu sabia que seria uma primeira rodada difícil. No final foi realmente uma boa partida, principalmente nos últimos três sets. Não me sinto feliz com a forma como pisei na quadra, obviamente foi um pouco diferente do que eu esperava. Não acho que fui realmente bem hoje, embora tive um match-point e tudo poderia ter sido diferente com apenas com uma bola.”

Um dos maiores incômodos de Berrettini foi com o fechamento do teto retrátil antes do início da partida. Segundo ele, os jogadores foram avisados em cima da hora e as condições estavam diferentes do que imaginava.

“Me avisaram dois minutos antes. Eu estava pronto para entrar em quadra e eles me disseram que fechariam o teto. Isso fez uma grande mudança, obviamente para Andy também, mas acho que ele lidou melhor com isso. Estava frio, não estava quente como eu esperava. Pessoalmente, acho que quando o estádio está fechado, as condições são mais lentas. No começo estava úmido e depois foi ficando um pouco mais seco. É isso que fazemos, temos que nos ajustar às condições”, explicou.