Melbourne (Austrália) – O espanhol Rafael Nadal não vem dando sorte contra tenistas norte-americanos. Das suas últimas cinco derrotas no circuito, quatro foram para jogadores dos Estados Unidos, a mais recente nesta quarta-feira para Mackenzie McDonald pela segunda rodada do Australian Open. Antes, em 2022, havia caído para Frances Tiafoe no US Open, Tommy Paul no Masters 1000 de Paris e Taylor Fritz na fase de grupos do ATP Finals.
O único revés para alguém de fora dos EUA aconteceu diante de Félix-Auger Aliassime, também em Turim. Isso sem contar as duas derrotas recentes na United Cup, para o britânico Cameron Norrie e o australiano Alex de Minaur. Segundo o próprio McDonald, essa sequência negativa de Rafa contra seus compatriotas foi um trunfo e ele chegou a falar com um de seus colegas antes da partida.
“Sim, aconteceu [influenciou o aspecto mental]. Pensei no que Taylor e Foe fizeram. Também conversei com Tommy sobre isso ontem à noite. Isso definitivamente me deu um pouco mais de confiança. Ele me passou um pouco do plano de jogo. Não estava muito além do que Robby [Ginepri, seu técnico] me orientou. Ele é um dos meus melhores amigos e me disse: ‘cara, você consegue, apenas tem que acreditar’”, revelou o jogador de 27 anos e 65º do ranking.
“Assisti-lo na United Cup com de Minaur e Norrie também me ajudou um pouco. Acho que hoje eu acreditei nisso e não temi como da última vez, em Roland Garros. Eu acho que não estava pronto para fazer qualquer coisa contra ele”, recordou a derrota em Paris em 2020, quando tirou apenas quatro games do espanhol.
Diante da maior vitória de sua carreira, McDonald diz ainda não acreditar no feito que obteve. “Eu estava no vestiário e refleti o quanto isso é realmente muito grande para mim, pois ainda não tinha vencido alguém desse calibre. Sou grato por ter tido essa oportunidade de jogar naquela quadra contra ele, e sinto que posso apenas aprender com isso”, acrescentou.