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Gauff vê maturidade, Emma lamenta falta de ritmo
18/01/2023 às 11h30

Melbourne (Austrália) – Com apenas 18 anos de idade, Coco Gauff disputa o seu quarto Australian Open, tendo como melhor resultado as oitavas de final em 2020. Após chegar à decisão de Roland Garros e às quartas de final do US Open no passado, ela se vê mais madura para encarar grandes jogos e acredita que isso foi fundamental na vitória desta quarta-feira contra Emma Raducanu, pela segunda rodada do Grand Slam australiano.

“Acho que fiz um bom trabalho sem surtar no meu saque. Depois que ela devolveu a quebra, precisei me segurar no 4/5 do segundo set. Acho que me mantive calma quando precisei e isso definitivamente vem com a maturidade. Sinto que no passado eu teria surtado nesse momento”, afirmou na entrevista coletiva.

“Eu penso que estava colocando muita pressão sobre mim mesma, querendo as coisas agora, agora, agora. Eu dei um passo para trás e percebi que nunca quis usar minha idade como desculpa por perder ou não realizar algo. Acho que eu aprecio mais a noite de hoje do que quando venci Naomi [Osaka] aos 15 anos aqui. Mesmo que aquela tenha sido provavelmente minha maior vitória, acredito que agora não tenho aquela mentalidade de que devo vencer, fazer isso ou aquilo. Estou apenas curtindo jogo a jogo”, completou Gauff.

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Um ano e quatro meses mais velha do que a norte-americana, Emma Raducanu já tem um título de Grand Slam, no US Open de 2021, mas desde então não conseguiu repetir bons resultados em outros torneios. Desta vez eliminada na segunda fase, ela lamentou o fato de ter tido pouco tempo de preparação, já que se recuperava de uma torção no pé ocorrida no WTA 250 de Auckland, na primeira semana de janeiro.

“Há 13 dias eu diria que todas as fichas estavam contra mim e as chances de eu jogar este torneio eram muito baixas. Eu tive um tempo de treinos extremamente limitado e fica difícil jogar partidas e estar no nível ideal. Acho que fizemos um ótimo trabalho para entrar em quadra esta semana. Agora tenho muito a fazer e devo apenas olhar para frente”, disse.

Emma também falou sobre a experiência de jogar na Rod Laver pela primeira vez e analisou a partida. “Achei bem lenta, as quadras externas são muito rápidas em comparação. Obviamente, com as luzes e tudo acontecendo durante uma partida é diferente de quando se está em um estádio vazio, mas é uma quadra muito boa e se eu voltar a jogar nela estarei mais familiarizada.”

“Joguei de forma agressiva, sei que não vou derrotar Coco empurrando a bola. Ela é uma grande atleta, faz você apertá-la mais perto da linha e te induz a cometer erros. É uma grande adversária, e, como eu disse na conferência anterior, acho que vamos jogar uma contra a outra muitas vezes no futuro.”

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