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Sabalenka supera 'barreira' de semis e quer ir além
26/01/2023 às 14h36

Depois de ter perdido suas três primeiras finais de Slam, ela enfim disputará uma decisão

Foto: Jimmie48/WTA

Melbourne (Austrália) - A classificação para a final do Australian Open fez com que Aryna Sabalenka superasse uma incômoda barreira no circuito. A atual número 5 do mundo havia perdido suas três primeiras semifinais de Grand Slam, duas no US Open e mais uma em Wimbledon. Ainda invicta e sem perder sets na temporada, ela sabe que a sensação de alívio não pode atrapalhar na preparação para o último jogo do torneio.

"Estou super feliz agora. É bom ter finalmente vencido uma semifinal, mas ainda falta mais uma partida e preciso manter o foco", disse Sabalenka após a vitória por 7/6 (7-1) e 6/2 sobre a polonesa Magda Linette nesta quinta-feira. "As coisas não vão ficar mais fáceis, é uma final. Estou feliz por ter dado esse passo, mas sei que tenho que trabalhar para esse título".

"Ela jogou um ótimo tênis. Eu não estava sentindo meu ritmo muito bem no começo, enquanto ela se movia muito bem, e todas as bolas voltavam. Eu me senti um pouco sob pressão, mas tentei me concentrar no meu movimento. À medida que comecei a focar nisso, começo a sentir melhor o ritmo do jogo e passei a me sentir muito melhor", avaliou a respeito da partida.

Tenista revela que parou de trabalhar com psicólogo
Sabalenka já reiterou algumas vezes desde a temporada passada sobre o quanto uma mudança de mentalidade foi importante para que ela vivesse essa ótima fase no circuito. A jogadora de 24 anos venceu todos os dez jogos que disputou em 2023 e voltará à vice-liderança do ranking da WTA. Mas apesar da evolução no aspecto mental, ela afirma que parou de trabalhar com o psicólogo no início deste ano.

"Para ser sincera, eu decidi parar de trabalhar com psicólogo. Percebi que ninguém além de mim vai me ajudar, sabe? Na pré-temporada, conversei com ele e expliquei: 'Sinto que tenho que lidar com isso sozinha'. Toda vez que espero que alguém resolva meu problema, eu não consigo resolver", comentou a vencedora de onze torneios da WTA.

"Eu só tenho que assumir essa responsabilidade e lidar com isso. Converso muito com minha equipe e também com minha família. Acho que me conheço muito bem. Eu sei como lidar com minhas emoções".

Duelo com Rybakina na final em Melbourne

Sabalenka enfrenta no próximo sábado a cazaque Elena Rybakina, atual campeã de Wimbledon e 25ª do ranking, em um confronto entre duas tenistas de estilo agressivo e golpes potentes. Seu histórico contra a cazaque é favorável, tendo vencido todos os três encontros entre elas. "Ela está jogando um ótimo tênis e sacando muito bem. Eu só tenho que estar focada e tentar colocá-la sob pressão".

Nascida em Belarus, Sabalenka ficou fora da disputa de Wimbledon no ano passado e atua no restante da temporada sob bandeira neutra. As medidas foram adotadas pelas entidades que comandam o tênis desde o início da guerra na Ucrânia há quase um ano.

"Vamos falar sobre isso se eu ganhar. Eu só quero trabalhar para isso e fazer o meu melhor. Se eu ganhar, você pode fazer essa pergunta e eu responderei. Não assisti a Wimbledon no ano passado. Eu estava me sentindo muito mal com isso. Mas vi um pouco a final, porque eu estava malhando na academia, e vi que a Elena jogou um ótimo tênis".

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