Melbourne (Austrália) - Depois de conquistar o título de duplas mistas do Australian Open na última sexta-feira, Luísa Stefani já pensa nos próximos passos. Ela volta aos treinos na próxima segunda e seguirá para uma série de três torneios no Oriente Médio, os WTA 500 de Abu Dhabi e Doha e também o WTA 1000 de Dubai, que acontecem em fevereiro. Em entrevista ao programa 'Pelas Quadras', da ESPN, Stefani também anunciou quem serão suas parceiras nesses torneios, mas ressaltou que ainda busca uma dupla fixa para a sequência da temporada.
"Tirei o final de semana para descansar e deixar cair um pouco a ficha, porque não é todo dia e nem todo ano que a gente ganha um Grand Slam. Ainda estou absorvendo tudo, mas amanhã (segunda-feira) já volto a treinar e estou super motivada. Daqui eu vou para o Oriente Médio, eu já tenho duas parceiras diferentes para os torneios. Ainda estou meio flutuando e vamos ver como vai ser", disse Stefani.
O torneio de Abu Dhabi será o primeiro dessa série e começa no dia 6 de fevereiro. Logo na sequência, acontece o WTA 500 de Doha. Já o primeiro WTA 1000 da temporada, em Dubai, tem início no dia 19. "Em Abu Dhabi, eu vou jogar com Shuai Zhang, que normalmente é parceira da Bia [Haddad Maia] no circuito. A Bia não vai jogar dupla naquela semana. Depois vou jogar com a Anna Danilina em Doha e Dubai".
"Pela questão da Austrália, a Caty McNally que seria uma potencial parceira não vai ser mais", comenta a paulista de 25 anos, que ficou fora da chave de duplas femininas em Melbourne, após uma desistência de última hora de sua então parceira norte-americana. "Eu acabei tendo que decidir algumas parcerias no meio dos torneios para dar tempo de me inscrever. Espero estar bem posicionada depois desses torneios para buscar uma parceria fixa para o resto do ano".
'Não imaginaria tanto sucesso logo de cara', disse
Stefani comemorou sua volta ao circuito, recuperada de lesão e cirurgia no joelho. Ela já conquistou cinco títulos desde que voltou às quadras em setembro. "Não conseguiria imaginar que a volta seria com tanto sucesso logo de cara, por causa das incertezas de como ficaria o joelho. Com o tempo eu fui pegando cada vez mais confiança e me sentindo melhor. E tenisticamente, estou me sentindo muito bem. Isso me dá confiança para poder competir".
Sobre o sucesso da parceria brasileira com o gaúcho Rafael Matos, ela acredita que o encaixe de jogo entre eles é o ideal e faz planos para o futuro. "Consegui jogar com parceiras no circuito e também com o Rafa que me ajudaram muito e as coisas foram acontecendo. O Rafa é muito sólido de fundo e me deu muita confiança e liberdade para fazer o que eu faço melhor. Desde a United Cup, quando a gente conseguiu treinar junto, o encaixe do meu jogo com o dele foi muito natural. E colhemos os frutos dos treinos que a gente plantou. Estamos super animados, visando Roland Garros e Paris 2024, nas Olimpíadas".
Participação em torneios de simples
Ex-top 10 e atual 37ª colocada no ranking entre as especialistas em duplas no circuito, Stefani ainda espera poder competir em simples, mas irá incluir esses torneios de forma pontual no calendário. No momento, a prioridade é jogar os principais eventos nas duplas.
"Esse ano eu vou ser muito paciente com as simples, principalmente pelo meu ranking de duplas já ter subido de novo para eu poder voltar a disputar os torneios grandes. Vou escutar bastante o meu corpo. É uma vontade que ainda tenho e sempre que tiver oportunidade, vou tentar encaixar no calendário. Vou me preparar fisicamente para poder competir, mas ainda priorizando os torneios grandes nas duplas".
