Monte Carlo (Mônaco) - Medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos de Tóquio, a ucraniana Elina Svitolina defende que os atletas da Rússia e de Belarus fiquem fora das Olimpíadas de Paris em 2024, assim como já aconteceu no torneio de Wimbledon do ano passado.
A campanha para que os dois países sejam banidos dos Jogos de Paris é defendida pelo presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, que chegou a apresentar a proposta ao presidente francês Emmanuel Macron na semana passada.
Svitolina acredita que a medida atrairia ainda mais atenção para a guerra na Ucrânia. A invasão e os ataques ao território do país completam um ano neste mês de fevereiro. "As Olimpíadas são o maior sonho e a maior plataforma de inclusão e diversidade no esporte, chamando a atenção do mundo. Com isso em mente, devemos manter a proibição de atletas russos e bielorrussos, enviando uma forte mensagem a todo o mundo, de que estamos unidos nas sanções impostas contra a Rússia e Belarus e que há consequências para os atos hediondos de seus governos", escreveu a tenista em suas redes sociais.
"Suas vidas não podem continuar normais. E os povos russo e bielorrusso não podem ignorar as atrocidades que estão cometendo na Ucrânia", acrescenta a ex-número 3 do mundo. "Volodymyr Androshchuk, uma das jovens promessas da Ucrânia no atletismo, foi tristemente morto em combate. Ele nunca realizará seu potencial ou sonhos nos jogos, então por que os atletas russos e bielorrussos deveriam ter sua chance quando seus governos estão atacando pessoas inocentes e roubando as chances desses atletas?".
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— Elina Monfils (@ElinaSvitolina) February 1, 2023
Aos 28 anos, Svitolina acumula 16 títulos no circuito da WTA, com destaque para o Finals de 2018, dois WTA 1000 em Roma, além da medalha olímpica no Japão. Casada com o também tenista Gael Monfils, ela se tornou mãe no ano passado. Por conta da gravidez e do nascimento de sua filha, Skaï, em outubro, ela está sem jogar desde março de 2022.
Tenistas russos conseguiram três medalhas em Tóquio
Nos Jogos de Tóquio, os atletas da Rússia atuaram sem bandeira ou símbolos nacionais por uma punição por conta do escândalo de doping no país. Jogando com o nome de "Comitê Olímpico Russo", os tenistas do país conseguiram três medalhas no Japão, ouro e prata nas duplas mistas, com Anastasia Pavlyuchenkova/Andrey Rublev e Elena Vesnina/Aslan Karatsev, além da prata de Karen Khachanov na chave masculina de simples.