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Sem pressa, Matos planeja consolidação e mira top 20
02/02/2023 às 14h44

Florianópolis (SC) - Embalado após a conquista do título de duplas mistas no Australian Open, o primeiro Grand Slam da carreira, o gaúcho Rafael Matos espera levar a confiança obtida em Melbourne para os próximos torneios da temporada. Porém, ele mantém os pés no chão e mostra não ter pressa para subir, colocando como principal objetivo para 2023 a consolidação no circuito.

“A motivação está alta. Agora vamos ter torneios grandes para jogar e será um desafio manter o ranking e defender os pontos que fizemos no ano passado. Se eu terminar perto do top 20 já ficaria bem satisfeito”, disse o gaúcho, que tem o espanhol David Vega como parceiro, em entrevista para TenisBrasil.

Defendendo as cores do Brasil nesta semana na Copa Davis, ele acredita estar preparado para aguentar a pressão que vem com os bons resultados. “ É algo que não podemos controlar, mas dá sim para controlar a maneira como reagir na hora do jogo”, falou Matos.

O gaúcho também comemorou o entrosamento com Vega na temporada passada, conseguindo superar os percalços que enfrentaram, principalmente quando jogaram fora do saibro. Matos destacou os ajustes feitos pela dupla, conseguindo assim bons desempenhos tanto na grama, conquistando títulos nos três pisos no ano passado.

Veja a entrevista completa com Matos:

 
 
 
 
 
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Quanto a conquista do primeiro Grand Slam melhorou sua confiança? Mesmo só em treinos já dá para perceber alguma mudança?

Normalmente, depois de um título a sensação do toque na bola nos primeiros treinos fica mais fina, com essa confiança e tudo mais. É pegar isso e transferir para os próximos torneios, continuar trabalhando bem e usar de uma maneira positiva.

Vai haver natural expectativa sobre suas apresentações na Davis e principalmente no Rio, já que por aqui as coisas são um tanto emotivas. Você está preparado para esse novo tipo de pressão?

Esse nervosismo que bate no jogo, essa pressão que talvez tenha pela expectativa, eu tento lidar da melhor maneira possível. É algo que não podemos controlar, mas dá sim para controlar a maneira como reagir na hora do jogo. Pelo trabalho que venho fazendo com a minha equipe diariamente, acho que estamos preparados para encarar estas situações.

Como avalia esse primeiro ano de parceria com o Vega?

Foi um belo ano, tivemos boas conquistas e com uma boa constância no decorrer da temporada, independente do piso que estávamos. Foi o primeiro ano que nós dois nos fixamos jogando só os ATP, então foi bem importante ter essa constância para subir bem e não ter que ficar mesclando com challengers.

 
 
 
 
 
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O quanto você e o Vega se sentem confortáveis fora do saibro?

Isso era uma coisa que nos preocupava, porque tanto eu como ele jogamos e treinamos a vida inteira praticamente só no saibro, onde a gente se sentia melhor. Mas logo depois de Roland Garros disputamos dois torneios na grama, ganhamos em Mallorca e fizemos oitavas de final em Wimbledon, perdendo para a dupla número 1 do mundo (Rajeev Ram e Joe Salisbury) num jogo bem duro. Também nos preocupava a quadra rápida, fomos para a temporada norte-americana e perdemos três na primeira rodada, embora contra três adversários duros. Deu uma preocupadinha também, mas depois a gente sentou e conversou sobre as coisas que precisávamos trabalhar nesse tipo de piso e funcionou. Treinamos bem e acabou dando certo, com duas semanas boas no duro, fazendo uma no coberto na Europa (Sófia) e outra em Tóquio. Depois jogamos outros torneios grandes, na Basileia e em Paris, onde fizemos bons jogos. Esses resultados foram bem importantes e mostraram que podemos jogar bem neste piso também, é só questão de trabalhar.

Agora já podem entrar em praticamente todos os torneios grandes, quanto isso dá uma sensação de segurança para que possam pensar o calendário com mais antecedência e buscar títulos maiores?

É muito importante, pudemos planejar o primeiro semestre inteiro. Acabamos entre as 13 melhores duplas do ano passado, isso nos dá vaga garantida nos Masters 1000 do primeiro semestre. Dá para fazer um planejamento melhor, sem esperar para saber onde vai entrar. Agora o desafio é estar nos torneios grandes e conseguir essa constância que tivemos nos ATP 250.

Como estão suas metas para a temporada?

Quando tu tens um bom ano, sempre subindo, a motivação está alta. Agora vamos ter torneios grandes para jogar e será um desafio manter o ranking e defender os pontos que fizemos no ano passado. Se eu terminar perto do top 20 já ficaria bem satisfeito.

 
 
 
 
 
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