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Cadeirantes: Kunieda feliz por deixar grande legado
08/02/2023 às 11h24

Tóquio (Japão) – O japonês Shingo Kunieda, com 50 títulos de Grand Slam no tênis em cadeira de rodas e quatro medalhas paralímpicas de ouro, disse nesta terça-feira que está satisfeito por sua modalidade "finalmente ser vista como esporte" pelo público. O jogador de 38 anos, que anunciou a aposentadoria no mês passado, passou 582 semanas como o número 1 do mundo masculino.

Kunieda lembrou que sua primeira medalha de ouro paraolímpica nos Jogos de Atenas em 2004 nem foi noticiada nas páginas de esportes dos jornais japoneses, mas isso mudou muito.

"Sempre tentei levar as pessoas a pensar nisso como um esporte e, no ano passado, não senti mais a pressão para fazer isso. Finalmente, pude apenas jogar tênis e competir contra meu oponente."

Kunieda, que foi diagnosticado com câncer na coluna quando criança, disse que "nem sabia o que eram as Paraolimpíadas" quando pegou uma raquete pela primeira vez aos 11 anos.

Ele também ganhou todos os títulos de Grand Slam no mesmo ano cinco vezes. O governo japonês está considerando dar a Kunieda o prestigioso Prêmio de Honra do Povo por conquistas no esporte, entretenimento e cultura.

Kunieda, que se profissionalizou em 2009, disse que tem apenas uma vaga ideia do que pretende fazer a seguir, mas gostaria de continuar contribuindo para o tênis em cadeira de rodas.

Seu compatriota de 16 anos Tokito Oda chegou à final do torneio individual masculino do Aberto da Austrália no mês passado, em sua terceira participação em um Grand Slam. "Existem cada vez mais jovens jogadores de tênis em cadeira de rodas no Japão, que estão disputando partidas de nível mundial", disse Kunieda. "Acho que deixei uma marca maior do que pensei que deixaria quando me tornei profissional."

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