Abu Dhabi (Emirados Árabes) - Semifinalista do WTA 500 de Abu Dhabi, Beatriz Haddad Maia alcançou a vitória de número 400 de sua carreira, considerando todos os níveis de competição do circuito profissional. E Bia conseguiu esse feito ao superar a cazaque Elena Rybakina, campeã de Wimbledon e vice do Australian Open, em seu sexto triunfo contra top 10 na carreira e o primeiro na temporada.
"Foi uma batalha. Rybakina é uma das melhores jogadoras do mundo e está fazendo um início de temporada incrível. Eu sabia que eu precisava me motivar a cada game, especialmente nos games de serviço dela. Muito feliz por ter encontrado um jeito de devolver e quebrar o saque para conseguir essa vitória", disse Bia, ainda em quadra, após a vitória por 3/6, 6/3 e 6/2 sobre Rybakina nesta sexta-feira. Em competições de elite da WTA, ela tem 68 triunfos.
"Ela começou a partida sacando muito bem. Eu estava tentando ler o toss dela da melhor maneira possível, mas as primeiras chances que eu tive foram só no meio do segundo set. Quando você enfrenta essas jogadoras, você precisa ser paciente, pensar em um ponto de cada vez, e aceitar que às vezes elas são melhores. Eu tive que melhorar o meu jogo, criar novas oportunidades e aproveitar", acrescentou a paulista, já durante a coletiva de imprensa.
Abu DhaBIA 🙌
— wta (@WTA) February 10, 2023
Beatriz Haddad Maia completes a 3-6, 6-3, 6-2 comeback over Rybakina to reach the semifinals in Abu Dhabi!@MubadalaADOpen | #MubadalaAbuDhabiOpen pic.twitter.com/i2V0WYWYEs
Com o resultado, Bia ampliou uma série invicta contra adversárias do top 10. Ela venceu os últimos seis jogos contra tenistas desse nível. "Essa série de vitórias mostra que estamos fazendo as coisas certas. Gosto de estar em grandes palcos, é por isso que eu trabalho muito duro".
"Como eu disse ontem, quando você enfrenta grandes jogadoras nos principais torneios é sempre difícil. Você precisa estar motivada, ir ao limite e arriscar. Ontem eu sabia que precisaria jogar melhor, e essa vitória dá ainda mais confiança", acrescentou a número 1 do Brasil e 14ª do mundo. Ela terá o melhor ranking da carreira após o torneio, ocupando o 12º ou o 13º lugar.
Pouco tempo de descanso antes das quartas
Bia vinha de uma batalha de 3h13 contra Yulia Putintseva nas oitavas de final, em jogo que terminou além de meia-noite pelo horário local, e falou sobre o pouco tempo que teve de recuperação. "É uma loucura. Acho que eu fui dormir às 3h da manhã, só depois de a adrenalina baixar. Devo ter saído do clube depois de 1h da manhã, por causa da fisioterapia. A gente precisa cuidar do corpo, jantar, e tentar dormir. Não é fácil você comemorar a vitória, sabendo que precisa voltar a jogar algumas horas depois. Cheguei muito cedo ao clube. Essa é a vida de tenista, mas eu adoro isso".
Duelo com Bencic na semifinal de sábado
Na semifinal deste sábado às 11h (de Brasília), Bia enfrenta a suíça Belinda Bencic, número 9 do ranking. Será o terceiro encontro entre elas no circuito profissional, após uma vitória para cada lado no ano passado. "Acho que a gente se conhece desde o juvenil, quando tínhamos 12 ou 13 anos e também nos enfrentamos em duas vezes no ano passado. Hoje ela é uma das principais jogadoras do mundo".
"Hoje consegui jogar um tênis agressivo e sacar muito melhor que ontem, então espero levar isso para o jogo contra a Bencic amanhã. É sempre bom dividir a quadra, em semifinais e em grandes torneios, com tenistas desse nível. Nessa fase do torneio, todo mundo está jogando bem. Vou tentar melhorar ainda mais o meu jogo e ver o que acontece amanhã", acrescentou.
A paulista de 26 anos também falou sobre a oportunidade de inspirar novas gerações de tenistas no Brasil. "É um privilégio para mim representar o Brasil e a América do Sul. Sei o quanto a gente trabalha duro. Temos uma cultura e um desenvolvimento diferente no esporte. Então, eu sempre tento dar o meu melhor, porque não é apenas por mim e pela minha carreira, mas também para as crianças e novas gerações. E espero poder inspirá-los. Esse é um dos meus sonhos".
