Doha (Qatar) - Adversária de Beatriz Haddad Maia nas quartas de final do WTA 500 de Doha, a número 4 do mundo Jessica Pegula teve uma estreia duríssima nesta quarta-feira. A norte-americana salvou dois match-points na partida contra a letã Jelena Ostapenko, 14ª do ranking, por 6/2, 2/6 e 7/5 em 1h52 de partida. O duelo com Bia é inédito no circuito e acontece por volta de 12h30 (de Brasília) desta quinta-feira, valendo vaga na semi.
Depois de dominar o primeiro set, com duas quebras e só enfrentar dois break-points, Pegula não aproveitou as chances de quebra que teve na parcial seguinte. Além disso, saiu perdendo por 3/1 e voltaria a ter o serviço quebrado no último game da parcial. A norte-americana também precisou mostrar poder de reação no terceiro set, em que perdia por 5/2, mas venceu cinco games seguidos para consolidar a virada.
"Uma característica boa do tênis é que não há limite de tempo, então sempre existe uma chance de virar o jogo. Eu estava devolvendo bem o saque dela e só precisava vencer aquele game que ela estava sacando para fechar, e depois aproveitei o momento", disse Pegula, durante a entrevista em quadra. "Hoje estava ventando muito, e os golpes dela são muito profundos. Tentei ser mais inteligente nos games de saque e talvez tenha tido um pouco de sorte".
Ostapenko foi muito mais agressiva em quadra, fez 37 a 10 nos winners e cometeu 45 erros contra 19 de Pegula. A partida teve sete quebras de serviço, 4 a 3 para a norte-americana, e um total de 17 break-points disputados. Pegula venceu só dois pontos a mais no total, 93 a 91.
An inspiration to all 💜
— wta (@WTA) February 15, 2023
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Após a partida, a jogadora de 28 anos dedicou a vitória à mãe, Kim, que sofreu uma parada cardíaca em julho do ano passado e até hoje precisa de cuidados. Depois de ter mantido a história no âmbito familiar durante muitos meses, a tenista falou abertamente sobre o assunto pela primeira vez na semana passada, em um artigo escrito por ela no site The Players' Tribune.
"Espero que a minha mãe esteja assistindo. Ela é uma inspiração para mim. E escrever aquela carta foi uma terapia para mim. O retorno que eu tive foi muito bom, especialmente da comunidade do tênis. Agradeço muito".