Rio de Janeiro (RJ) - Um dos grandes nomes da história do tênis brasileiro, o paulista Thomaz Bellucci encerrou nesta quarta-feira uma vitoriosa carreira, que em sua reta final foi marcada por problemas físicos e resultados bem abaixo. Mesmo assim, o canhoto de Tietê merece ser lembrado como o quarto brasileiros com mais vitórias em simples na ATP e o segundo em títulos.

Bellucci disputou oito finais de ATP, a primeira delas na Costa do Sauípe, em 2009. Neste mesmo ano, meses depois, ele levantou sua primeira taça, em Gstaad, onde acabou levando o bicampeonato em 2012.

Também foi no solo suíço que o paulista de 35 anos conquistou seu derradeiro título, vencendo em Genebra oito anos atrás. Seu outro título veio também no saibro, em 2010, em Santiago. Ele tem três vices na terra batida (Houston 2017, Quito 2016 e Sauípe 2009) e um na quadra dura (Moscou 2012).

Na temporada de 2011, ele conquistou sua maior vitória da carreira, derrotando o britânico Andy Murray nas oitavas de final do Master 1000 de Madri, em uma das campanhas mais marcantes da vida, quando bateu dois top 10 seguidos, tirando também o tcheco Tomas Berdych nas quartas, para ser derrotado apenas na semi pelo sérvio Novak Djokovic de virada.

Um ano antes, Bellucci comemorou a 21ª colocação no ranking, se tornando o segundo melhor brasileiro de simples, atrás apenas do catarinense Guga Kuerten. Foi nesta mesma temporada que ele teve a melhor campanha em Grand Slam, chegando às oitavas de Roland Garros, superado pelo espanhol Rafael Nadal.

Destaque também para o bom desempenho nos Jogos Olímpicos do Rio, indo até as quartas de final, novamente tendo Nadal como algoz, desta vez de virada. No saibro do ATP 500 carioca, onde colocou um ponto final na carreira, ele chegou às quartas em 2014, perdendo para o espanhol David Ferrer, e em 2017 obteve a segunda maior vitória no circuito, superando o então número 5 Kei Nishikori.

Bellucci termina a carreira com 200 vitórias em simples, sendo duas delas contra top 5, seis contra top 10 e 16 contra top 20.