Notícias | Dia a dia
Kvitova: 'Ainda posso competir contra as melhores'
01/04/2023 às 21h52

Kvitova comemorou seu nono WTA 1000, o primeiro desde 2018

Foto: Jimmie48/WTA

Miami (EUA) - Campeã do WTA 1000 de Miami neste sábado, Petra Kvitova comemorou seu maior título em cinco anos. A última vez que a tcheca havia vencido um torneio deste porte era em 2018, no saibro de Madri. Por isso, a experiente jogadora de 32 anos, e que voltará ao top 10 após o torneio, celebra o fato de continuar sendo competitiva contra os principais nomes do circuito. Ela superou na final a cazaque Elena Rybakina, atual campeã de Wimbledon e vice do Australian Open.

"Ainda posso competir com as melhores. Significa muito para mim que, mesmo na minha idade, eu ainda possa vencer um grande torneio. Essa é a coisa mais importante", disse Kvitova após a vitória por 7/6 (16-14) e 6/2 sobre Rybakina. Com a vitória ela acabou com uma invencibilidade de 13 jogos da cazaque no circuito e impediu que a rival, campeã de Indian Wells há duas semanas, se tornasse a quinta mulher a completar o 'Sunshine Double'.

+ Rybakina sente desgaste e lamenta chances perdidas

"Acho que a minha experiência foi muito importante, para ser honesta. Eu já joguei tantas finais que sei que posso jogar bem, não importa quem eu enfrente. Acho que mentalmente foi muito importante para mim saber disso por experiência própria", comenta a tcheca que conquistou seu 30º título da carreira e o nono WTA 1000. Ela disputou sua 41ª final. "As mais novas estão chegando com tudo. É difícil enfrentá-las o tempo todo (sorrindo). Mas também foi bom jogar contra a Sorana [Cirstea] ontem. Nós nos conhecemos há muitos anos.

Tcheca salvou cinco set-points na primeira parcial
Kvitova chegou a salvar cinco set-points no tiebreak da primeira parcial. "O tiebreak foi decisivo. Acho que foi o mais longo que já joguei na minha vida. Eu perdi totalmente o controle de quem estava sacando e quando teríamos que trocando de lado e assim por diante. Se eu não sacasse bem, não conseguiria vencer, porque ela fez três aces no começo".

"Eu estava sendo muito passiva, e precisava ser agressiva, e não ficar apenas esperando pelos erros, porque ela não errava. Não é nada fácil ficar no jogo contra a Elena como fiz hoje. Eu li ontem que ela ainda não havia perdido um tiebreak nesta temporada. Mas eu dizia a mim mesma que em algum momento ela iria perder. Então, eu ia tentar", acrescentou. 

A conquista em Miami é inédita na carreira de Kvitova, que fez sua 13ª aparição na chave principal do torneio. Reconhecida por seu saque e pela potência de seus golpes, a canhota tcheca acredita que as condições mais rápidas das quadras usadas neste ano favoreceram seu estilo de jogo mais agressivo. "Acho que o saque me ajudou muito, quadras um pouco mais rápidas aqui com as bolas mais rápidas, o que acho que combina com o meu jogo".

De olho na sequência da temporada, Kvitova quer comemorar o título, mesmo sabendo que há muito trabalho pela frente. "Às vezes você está tão exausta que nem consegue aproveitar o momento de vencer e ser feliz. Espero que seja diferente desta vez", afirmou a tchca. "Não tenho ideia do que isso fará na temporada. Acho que estou jogando muito bem no início do ano, mas não ia muito longe nos torneios. Finalmente eu consegui. Mas o mundo do tênis é muito rápido, que não posso ficar parada olhando para esse troféu. Já vai começar a temporada de saibro, e depois é a grama. Tenho que seguir em frente".

Comentários
Lacoste
Arena BTG