Bogotá (Colômbia) - Em sua segunda partida no WTA 250 de Bogotá, Laura Pigossi foi muito mais exigida em relação à tranquila estreia da última segunda-feira. Finalista da edição passada e cabeça 6 do evento, Pigossi venceu um jogo duríssimo contra a sérvia vinda do quali Natalija Stevanovic por 7/5, 5/7 e 6/4. A partida, com 3h15 de duração, ainda teve uma longa paralisação por chuva de aproximadamente 2h30.
Número 2 do Brasil e 101ª do mundo, Pigossi tem 198 pontos a defender durante a semana. Com duas vitórias nas quadras de saibro da capital colombiana, ela garante a defesa de 60 pontos. Isso a mantém entre 125 melhores do ranking. Se ela fizer semi, garante mais 50 pontos e fica entre as 115. A paulista de 28 anos chegou ao top 100 em agosto do ano passado.
A próxima adversária de Laura Pigossi em Bogotá é a britânica Francesca Jones, que entrou na chave com ranking protegido. A jogadora de 22 anos já havia eliminado na última segunda-feira a espanhola Nuria Parrizas Diaz, cabeça 3 em Bogotá e 80ª do mundo, e nesta quarta bateu a canadense Carol Zhao por 6/2 e 6/1. A britânica já esteve entre as 150 melhores do mundo há pouco mais de um ano, mas ficou um ano sem jogar, e por isso ocupa atualmente a 817ª posição.
Más de 3️⃣ horas de partido 🤯
— Copa Colsanitas (@CopaColsanitas_) April 6, 2023
Laura Pigossi 🇧🇷, finalista de 2022, superó a Natalija Stevanovic 🇷🇸 por 7-5, 5-7, 6-4 para lograr su cupo a los cuartos de final en Bogotá#CopaColsanitas pic.twitter.com/Pr7B4hmOID
Diante de uma rival que jogava muito atrás da linha de base e que usava slices de forehand e muitas bolas altas durante os ralis, Pigossi precisou de tempo até estar mais confortável nas trocas de fundo. A brasileira teve o serviço quebrado no início da partida e saiu perdendo por 3/1, mas aos poucos passou a ter maior iniciativa dos pontos para devolver a quebra e assumir a liderança no placar.
A sérvia também tentou ser mais agressiva, especialmente quando colocava o primeiro saque na quadra. O equilíbrio prevalecia, e mesmo enfrentando games longos no saque, Pigossi conseguia se manter à frente no placar até a paralisação por chuva. Na volta, já à noite e com a quadra muito mais lenta e pesada, a brasileira chegou ao set-point após um winner de forehand e um erro da rival. A sérvia conseguiu se salvar da primeira vez, mas Pigossi contou com a sorte em uma bola que tocou na fita e depois chegou muito bem em uma tentativa de bola curta da rival para ter outro set-point e aproveitar a chance.
Após a chuva e com a quadra mais pesada, ralis longos foram frequentes
Apesar de os ralis longos terem se tornado cada vez mais frequentes na partida, Pigossi conseguiu fazer dois bons games de serviço e ainda quebrou o serviço da rival sérvia para abrir 3/1. A brasileira perdeu o saque com uma dupla falta e cedeu o empate. E já no 5/5, teve seu serviço novamente quebrado. Pigossi chegou a receber atendimento médico na coxa esquerda antes de a rival definir o set em seu saque.
Apesar de todo o desgaste das duas jogadoras, os longos ralis continuavam no terceiro set. Muito por conta das condições bem pesadas do piso, que deixou o jogo bem lento, apesar da altitude da capital colombiana. Pigossi abriu 2/0, mas cedeu o empate por 2/2, e cada game de saque era muito longo e disputado. A brasileira foi se mantendo à frente no placar até voltar a ter chances no saque da adversária. A sérvia salvou o primeiro match-point com winner de forehand, mas a brasileira não deixou a segunda chance escapar.
