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'ATP e a WTA poderiam ter feito mais', afirma dirigente
10/04/2023 às 10h17

Kiev (Ucrânia) - Diretor executivo da Federação Ucraniana de Tênis, Evgeny Zukin conversou com o Ubitennis avaliando a atual situação do tênis no país durante este período de invasão russa. Ele também falou sobre a administração dos circuitos da ATP e WTA, disparando contra ambas as entidades, que segundo o dirigente não fizeram o suficiente para apoiar os jogadores de seu país.

“Acreditamos que a ATP e a WTA poderiam ter feito mais para apoiar os tenistas ucranianos. Sei que nossas jogadoras não estão satisfeitas com a forma como estão sendo tratados pela WTA. De nossa parte, não estamos felizes que os circuitos profissionais, tanto o WTA quanto o ATP, tenham uma postura forte em aceitar os russos sob uma bandeira neutra”, reclamou Zukin.

O dirigente ucraniano também não aprovou a liberação de russos e bielorrussos em Wimbledon neste ano. “Lamento que a decisão tomada no ano passado não tenha sido prorrogada este ano. Mas também entendemos que ninguém apoiou Wimbledon e o LTA em sua decisão de não permitir que eles jogassem em 2022”, falou o diretor executivo.

“Todo o mundo do tênis os deixou em paz. Infelizmente, eles não podiam lutar contra os demais torneios profissionais sozinhos. Todos sabem que os regimes políticos da Rússia e de Belarus usam seus jogadores como ferramenta de propaganda. Acreditamos que isso não está certo enquanto a guerra está em andamento”, complementou Zukin.

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Questionado sobre como o tênis tem continuado na Ucrânia apesar da guerra, ele explicou que existem abrigos e protocolos especiais em caso de sirenes e ameaças de ataques aéreos. “Estamos fazendo um ou dois eventos nacionais por mês e na maioria dos clubes o processo normal de tênis continua. Mas isso em Kiev e no oeste da Ucrânia, não nas regiões próximas aos campos de batalha”, falou.

“Em regiões menos afetadas, os tenistas têm a oportunidade de treinar e disputar alguns eventos de clubes e nacionais. Esperamos que durante o período de verão encontremos locais mais adequados para acolher eventos nacionais”, acrescentou o dirigente, que segue defendendo o boicote a russos e bielorrussos não apenas no circuito, mas também nos Jogos Olímpicos de Paris.

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