Monte Carlo (Mônaco) - A discussão sobre os diferentes pisos no circuito ganhou mais um capítulo no Masters 1000 de Monte Carlo. Em entrevista ao L'Equipe, o grego Stefanos Tsitsipas saiu em defesa do saibro e criticou as quadras duras e mais rápidas. Para ele, o tênis na terra batida é muito mais relevante e estratégico do que nas demais.
“Esta superfície dá-te a oportunidade de ser mais criativo e torna o aspecto estratégico muito mais relevante do que num piso duro. As quadras rápidas exigem que o tenista seja uma máquina e que não pense. Acredito que o tênis não pode ser reduzido a isso” afirmou o grego.
O ponto de vista do grego vai de encontro ao de outros dois importantes nomes do circuito: Daniil Medvedev e Nick Kyrgios. O australiano é um ferrenho crítico do saibro e evita ao máximo jogar neste piso. Já o russo, não esconde a preferência por quadras sintéticas, mas acredita ser importante termos uma variedade de quadras.
Tsitsipas reforça que no saibro as partidas são mais técnicas e táticas, garantindo que no piso duro o jogo fica meio que unidirecional. “Quando a quadra é rápida é quase impossível construir algo em vários lances, ter a visão de ir além da próxima bola que você tem que bater”, observou o atual campeão em Monte Carlo.
“No saibro, você pode abrir ângulos, pensar no que vai fazer na próxima jogada, enfim, construir uma jogada com sentido tático. Essa superfície é como uma tela de artista, na qual você pode pintar e mostrar toda a beleza desse esporte. Traz à tona o tênis mais puro e bonito que existe", acrescentou o atual número 3 do mundo.