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Bia destaca mentalidade: 'Consegui me recuperar'
14/04/2023 às 19h40

Bia venceu seu jogo de virada nesta sexta-feira em Stuttgart

Foto: Paul Zimmer/ITF

Stuttgart (Alemanha) - Depois de uma vitória e uma derrota nesta sexta-feira, a equipe brasileira da Billie Jean King Cup avaliou o desempenho nos primeiros jogos do confronto contra a Alemanha no saibro de Stuttgart. A número 1 do país Beatriz Haddad Maia conseguiu uma virada contra Anna-Lena Friedsam, enquanto Laura Pigossi esteve perto da vitória, mas foi superada pela experiente Tatjana Maria em três sets.

Brasileiras e alemãs voltam a se enfrentar neste sábado, a partir das 9h (de Brasília), para a sequência do confronto. A programação será aberta com Bia Haddad Maia, 14ª do mundo, e Tatjana Maria, 71ª colocada. Na sequência, Pigossi está escalada para enfrentar Friedsam, mas os capitães de equipe podem fazer mudanças. Se necessário o quinto jogo de duplas definirá o país classificado para a fase final da competição, que acontece entre os dias 7 e 12 de novembro.

Bia destacou o aspecto mental da partida contra Friedsam. "Sabia que não seria fácil jogar fora de casa e com torcida contra, e também que essa é uma semana especial para todo mundo", disse após a vitória por 6/3, 4/6 e 6/3. "A chave foi aceitar quando eu cometia um erro e me dar a chance de insistir na vitória. Não tive um bom primeiro set, mas esse trabalho interno fez com que eu conseguisse me recuperar no segundo e principalmente no terceiro".

Jogadora de melhor ranking no confronto, Bia está a disposição para fazer até três jogos no fim de semana, dois em simples e um em duplas e respondeu sobre a pressão e o favoritismo na entrevista coletiva. "São cinco partidas, e demos apenas um passo. Tem muito jogo pela frente. Preciso me recuperar e cuidar do meu corpo", disse a paulista de 26 anos. "Para mim, não há pressão quando falamos de uma competição e de coisas que sempre sonhamos fazer. É claro que sinto nervosismo ao entrar em quadra, mas isso é positivo. Afinal, amo o que faço e a pressão é um privilégio".

"É especial jogar pelo meu país e também pela América do Sul. Sei que tem muita gente do Brasil torcendo pelas meninas daqui. Estamos vivendo um momento especial no tênis feminino. Muitos de nossos fãs podem estar do outro lado do mundo, mas podemos sentir a energia deles", complementou Bia, ao lembrar que o Brasil também pode se tornar o primeiro país sul-americano na fase final da Billie Jean King Cup, desde a recente mudança de nome e formato de disputa em 2021.

Capitã valoriza esforço de Laura: 'Saiu da zona de conforto'


Pigossi chegou a sacar para o jogo na partida contra Tatjana Maria (Foto: Green Filmes/CBT)

Para a capitã Roberta Burzagli, a equipe brasileira entregou tudo em quadra. Ela destacou, principalmente, o esforço de Laura Pigossi diante de uma rival com estilo incomum, já que Tatjana Maria utiliza muitos slices dos dois lados e executa o backhand com apenas uma mão, além de atrair as adversárias muitas vezes para a rede.

"Estou satisfeita por tudo o que o time fez e pela entrega em quadra. Foram dois jogos bem tensos, mas muito bons. A Bia não começou tão bem, mas depois aos poucos voltou para o jogo e conseguiu se impor. Já no jogo da Laura, a gente já sabia que a adversária era muito inteligente, então tínhamos bem clara a tática que ela tinha que fazer. A Laura foi bem disciplinada taticamente e fez um jogo corajoso, saiu da zona de conforto dela, deixou tudo em quadra e foi por muito pouco que não saiu com a vitória", afirmou Burzagli.

Número 2 do país e 124ª do ranking, Pigossi chegou a sacar para o jogo no terceiro set, mas foi superada por 6/3, 3/6 e 7/5. Apesar da dura derrota, a paulista de 28 anos destacou seu espírito de luta e mantém o foco na sequência do confronto. "Lutei a cada ponto e tive uma boa atitude, mas a Tatjana jogou muito bem. Tive chance de aumentar a vantagem, mas ainda está empatado. Amanhã teremos outros jogos pela frente".

Algoz da brasileira nesta sexta, Tatjana Maria também elogiou a atuação de Pigossi: "Laura jogou um ótimo tênis. Eu sabia que tinha que jogar muito bem contra ela porque sei que ela não erra muito. Sabia que precisava ser agressiva. No final, tive que arriscar e estou muito orgulhosa de mim mesma por ter devolvido a quebra e vencido o jogo. Estou aliviada. Foi uma vitória muito importante para nós".

O Brasil ainda tem Carolina Meligeni Alves como opção de simples, além de Luísa Stefani e Ingrid Martins para as duplas. Já o time alemão também conta com a experiente Laura Siegemund e as jovens Jule Niemeier e Eva Lys. Esta é a quinta vez que os países se enfrentam pela Billie Jean King Cup, e as brasileiras buscam uam vitória inédita.

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