Londres (Inglaterra) - Os organizadores de Wimbledon disseram na terça-feira que oferecerão apoio financeiro extra aos jogadores ucranianos e suas causas depois de reverter a proibição de atletas russos e bielorrussos no evento deste ano. O All England Club anunciou no mês passado que a proibição imposta no ano passado não continuaria depois que eles perderam pontos no ranking e foram punidos pela WTA e ATP com pesadas multas.
Os competidores dos dois países poderão entrar no Grand Slam, que começa em 3 de julho, como atletas "neutros", desde que cumpram certas condições, que incluem a proibição de expressar apoio à invasão russa da Ucrânia.
Em uma coletiva de imprensa para anunciar os planos para o torneio de 2023, os organizadores revelaram que 1 libra esterlina (R$ 6,29) de cada ingresso vendido - estimado em mais de (US$ 625.000) no total - será doado para o fundo de ajuda à Ucrânia. Mil refugiados ucranianos também desfrutarão de um dia no torneio, com tudo pago. Dois quartos de hotel para cada jogador ucraniano também serão oferecidos gratuitamente, bem como instalações de treinamento durante a temporada de verão em quadra de grama.
Os jogadores russos e bielorrussos puderam competir como neutros, inclusive em outros Grand Slam. Os russos Daniil Medvedev e Andrey Rublev estão classificados entre os seis primeiros do ranking masculino, enquanto a bielorrussa número 2 do mundo Aryna Sabalenka venceu o Aberto da Austrália no início deste ano.
"Nosso anúncio foi feito no mês passado após cuidadosa e profunda consideração", lembrou o presidente do All England Club, Ian Hewitt. "Consideramos que esses arranjos são apropriados para Wimbledon este ano. Foi uma decisão difícil e desafiadora, tomada com total apoio do governo do Reino Unido e dos órgãos internacionais interessados no tênis, mas não diminui de forma alguma nossa condenação total à invasão ilegal da Rússia na Ucrânia."