Madri (Espanha) - Depois de bater a ucraniana Lesia Tsurenko na terceira rodada do WTA 1000 de Madri, a russa Daria Kasatkina falou sobre o momento de difícil relação entre russas e ucranianas no circuito. Em entrevista ao Ubitennis, ela foi compreensiva com a situação, entendendo quando uma rival, como foi o caso de Tsurenko, não querer cumprimentá-la após o fim da partida.
“O mais triste é que ainda estamos em guerra e os ucranianos têm motivos para não apertar nossa mão. Acenamos e isso me deixou feliz”, afirmou a oitava favorita no torneio madrilenho, que nesta segunda-feira terá pela frente um duelo 100% russo com Veronika Kudermetova, valendo um lugar nas quartas de final.
Kasatkina lamentou a ausência em Wimbledon no ano passado, embora concorde que os motivos sejam de certa forma justos. “Fiquei muito triste por perder Wimbledon no ano passado, é claro por um bom motivo, mas ainda assim foi doloroso. Estou feliz por podermos voltar este ano e, para ser honesta, somos o esporte mais sortudo em que ainda podemos competir”, observou a russa.
“Quase 95% dos atletas da Rússia não puderam competir nos eventos internacionais. Nós realmente apreciamos esta oportunidade de poder estar no cenário internacional”, acrescentou Kasatkina, agradecendo a chance que os circuitos de tênis deram a russos e bielorrussos de seguir em ação, apenas sem ostentar a ligações com seus respectivos países.