Roma (Itália) - Depois de desistir do ATP 500 de Barcelona nas quartas de final e se manter afastado no Masters 1000 de Madri, o italiano Jannik Sinner focou a disputa do Masters 1000 de Roma, em casa, e depois de Roland Garros. Enquanto isso, ele concedeu entrevista à Interview Magazine, na qual falou sobre a escolha do tênis como carreira e a mudança de geração no circuito,
"Estão chegando jogadores muito bons como Carlitos (Alcaraz), (Holger) Rune, (Stefanos) Tsitsipas, (Alexander) Zverev e (Daniil) Medvedev. É emocionante ver que somos pessoas com personalidades diferentes, cada um abrindo caminho da sua forma e ganhando jogos em torneios importantes. Acho muito legal divertido fazer parte disso” comentou o italiano de 21 anos.
“Além disso, todos nós temos um bom relacionamento”, acrescentou o atual número 8 do mundo, que quando criança se dividia entre o tênis e o esqui, mas que com o passar dos anos acabou voltando seu foco para a modalidade na qual agora é profissional.
Sinner contou que até os 13 anos era muito melhor esquiador do que tenista. “Mas algo mudou nessa idade, percebi que esquiar não era para mim, pois qualquer erro poderia me custar a vida. Não conseguia imaginar não correr riscos a cada descida”, observou o italiano.
“Tênis é muito mental, comecei a gostar mais e o que me conquistou foi que você pode sair vitorioso mesmo cometendo erros, algo que é impossível no esqui. Com uma raquete em mãos, posso até ficar nervoso, mas nunca com medo, algo que senti nas descidas de esqui”, acrescentou Sinner.
Confiante com seu nível atual, ele garante estar preparado para desafios do mais alto calibre. “Sei do potencial do meu tênis , a velocidade dos meus golpes. É uma sensação única medir forças com os maiores nomes, pois você tem a pressão de ter que jogar no seu mais alto nível e mesmo assim pode acabar perdendo”, falou o jovem tenista.
“É doloroso perder jogos apertados em torneios importantes e pensar que você poderia ter tomado decisões melhores, mas tenho que ser paciente. É fundamental ser consistente e, a partir daí, continuar construindo”, complementou Sinner, que destacou seu revés como golpe favorito. “Ainda não acho meu perfeito, mas com certeza é meu golpe mais natural e com o qual me sinto mais confortável”, finalizou.