Paris (França) – Atual número 2 do mundo e campeã do Australian Open em janeiro, Aryna Sabalenka segue invicta nos Grand Slam em 2023. Na manhã deste domingo, a bielorrussa começou bem em Roland Garros ao derrotar a ucraniana Marta Kostyuk pelo placar de 6/3 e 6/2. Apesar do bom resultado, Sabalenka revelou ter sentido a tensão da partida de estreia e por enfrentar uma adversária da Ucrânia.
“Foi uma partida emocionalmente difícil e estou muito feliz por ter conseguido esta vitória. Quando você está jogando contra uma ucraniana nunca sabe o que vai acontecer, como o público vai reagir, se vão apoiá-la ou não. Eu estava preocupada que as pessoas estivessem contra mim, e eu não gosto de jogar quando estão contra mim. Então eu estava preocupada com isso”, admitiu a bielorrussa.
Ao contrário do que Sabalenka temia, quem sofreu com as vaias do público foi Kostyuk, que se negou a cumprimentar a adversária na rede ao final do jogo. A situação deixou a bielorrussa confusa, sem saber exatamente para quem era o protesto da torcida.
“Não consegui entender o que estava acontecendo. Todos nós sabemos que as garotas ucranianas não apertam a nossa mão, então não é uma surpresa para nós, mas provavelmente para o público de hoje foi uma surpresa. Eles viram isso como um desrespeito a mim como atleta, então é por isso que ela foi vaiada. No começo eu pensei que eles estavam me vaiando e fiquei um pouco confusa. Então falei com a minha equipe e entendi o que estava acontecendo”, disse.
Sobre a partida, a cabeça de chave número 2 comentou que precisou se adaptar aos poucos às condições da quadra, mas destacou que se vê preparada para jogar o seu melhor no saibro, piso que historicamente tem mais dificuldade.
“Foi uma primeira rodada difícil, especialmente depois de uma derrota tão dura em Roma. Eu estava apenas tentando continuar lutando, encontrar meu ritmo e me ajustar à quadra. Ponto por ponto eu comecei a construir meu jogo e fui capaz de executar meus golpes sem muitos erros”, analisou.
“São condições difíceis para mim, mas depois de Roma tive três semanas para me preparar física e mentalmente. Antes costumava ser mais difícil porque provavelmente fisicamente eu não estava preparada para jogar em quadra lenta e disputar pontos mais longos. Trabalhei muito nos últimos anos para melhorar essa parte do meu jogo e acho que agora estou mais preparada do que nunca para esse tipo de quadra e vou fazer de tudo para mostrar o meu melhor tênis e chegar o mais longe possível aqui no Aberto da França”, finalizou.