Paris (França) - Após amargar quatro derrotas seguidas em estreias, o argentino Diego Schwartzman conseguiu enfim reencontrar o caminho das vitórias e superou a primeira rodada de Roland Garros com uma sofrida virada para cima do espanhol Bernabe Zapata, que venceu os dois primeiros sets, mas acabou derrotado pelo atual 95 do mundo.

"Estou muito feliz com a vitória, é importante uma virada assim, mas não acho que joguei no meu melhor. Felizmente, ele me deu algumas chances no terceiro e quarto sets e consegui voltar ao jogo. Já vinha me sentindo um pouco melhor há algumas semanas e acho que se tivesse feito partidas menos complicadas nas primeiras rodadas dos torneios anteriores, poderia ter vencido um jogo”, analisou.

“Hoje tudo que eu precisava foi dado, com um jogador que me deu muito ritmo, num jogo longo e intenso. Sei que posso passar muitas horas em quadra, só falta somar muitos jogos para recuperar a confiança. Depois de meses muito ruins, me vi perdendo dois sets contra um tenista que está no melhor ano da carreira, então virar um jogo assim é ótimo”, complementou o argentino.

Schwartzman afirma não saber o que está acontecendo nesta temporada. “Talvez eu descubra mais tarde. Tentei não achar culpados e mantive a atitude correta. Acho que todos temos o direito de ter um ano ruim, mas acho difícil manter meu nível de intensidade e motivação quando os resultados não vêm”, afirmou o argentino, que amargou queda no ranking e não sabe como será o futuro no circuito.

“Meu calendário está diferente porque perdi muito ranking e não pude competir nas posições em que me sinto confortável. Tomo decisões e tento mudar as coisas, mas não sou mais um bebê, tenho 31 anos e se isso durar mais uma temporada, acho difícil me segurar mentalmente”, falou o argentino, que na próxima rodada enfrentará o português Nuno Borges.