Paris (França) – Depois de garantir vaga na segunda rodada de Roland Garros, a norte-americana Sloane Stephens falou sobre os repetidos casos de racismo que conviveu durante toda sua carreira, especialmente em comentários nas redes sociais. Ao ser perguntada pelos jornalistas, a experiente jogadora de 30 anos e atual 30ª do ranking disse que as situações são recorrentes.
"Sim, obviamente tem sido um problema durante toda a minha carreira. Nunca parou, só piorou", disse Stephens após a vitória sobre a tcheca Karolina Pliskova por 6/0 e 6/4 na última segunda-feira em Paris.
"É algo com o qual tive de lidar, algo com o qual continuarei a lidar, tenho certeza. É isso", afirmou a campeã do US Open de 2017 e vice de Roland Garros em 2018.
Um repórter mencionou um software destinado a proteger os atletas do discurso de ódio nas redes sociais, implantado pela organização de Roland Garros. A tenista disse que ouviu falar, mas ainda não usou.
"Eu tenho muitas palavras-chave obviamente banidas no Instagram e todas essas coisas, mas isso não impede que alguém simplesmente digite um asterisco ou digite de uma maneira diferente, o que obviamente o software na maioria das vezes não detecta", apontou.
A ex-número 3 do mundo expressou preocupação sobre como as coisas mudaram. "Acho que só continuou a piorar e as pessoas online têm liberdade para dizer e fazer o que quiserem por trás de páginas falsas, o que obviamente é muito problemático", disse. "Claro que, quando há investigações do FBI acontecendo sobre o que as pessoas estão dizendo para você online, isso é muito sério."